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O Brasil precisa discutir com maior seriedade e profundidade os desafios da área de segurança, sem espaço para soluções fáceis 5p4f6v

Por Redação Atualizado em 24 jan 2025, 11h11 - Publicado em 24 jan 2025, 06h00

Diante do problema crescente de segurança no país, a ponto de virar uma das questões que mais preocupam hoje os brasileiros, a reação das autoridades costuma ocorrer com o uso de velhas armas. Aumento de tropas, mais viaturas e maior poder bélico nas mãos dos agentes estão entre os ingredientes mais comuns na receita. Os sentimentos de abandono e desespero entre a população fazem com que boa parte das pessoas ainda aplauda gestos nesse sentido, mas os fatos mostram que é preciso fazer mais. Grandes cidades vivem epidemias de roubos, crimes como sequestros-­relâmpago vão se sucedendo e bandidos aumentam a cada dia a dose de ousadia nos ataques, muitos deles agora atuando como recrutas a soldo das facções organizadas.

+ Como o Smart Sampa tirou quase 2.200 criminosos das ruas em seis meses

O efeito colateral da estratégia baseada principalmente no confronto armado: a letalidade policial se agravou em dez estados em 2024, na comparação com 2023. São Paulo (48%) e Minas Gerais (38%) registraram as maiores altas. Em dez anos, a letalidade policial subiu 158% no Brasil (de 2 332 mortos, em 2015, para 6 028, em 2024). Os responsáveis pelas polícias costumam dizer que, infelizmente, esse é um quadro resultante de uma situação de guerra urbana, fruto do desafio diário de tentar conter gangues e milícias. De certa forma, esse argumento é uma espécie de confissão da falência da tática. Por si só, como se vê, o uso da força não resolve o problema e ainda acaba provocando outros.

Uma resposta inteligente ao desafio da segurança consiste no uso da tecnologia para planejar e orientar o trabalho de repressão policial. Depois de muitos anos de investimentos tímidos nessa direção, um o significativo vem sendo dado com o emprego em larga escala de câmeras espalhadas pelas ruas e interligadas a centrais de monitoramento. A cidade de São Paulo tornou-se um exemplo disso, com a adoção do Smart Sampa. Programas do tipo sempre enfrentaram oposição por causa de alguns erros no sistema e de um ranço ideológico. Aos poucos, no entanto, os resultados positivos vão se impondo no debate.

No caso de São Paulo, em seis meses de operação, 1 712 pessoas foram presas em flagrante por crimes e 456 foragidos da Justiça acabaram sendo capturados. Há outros bons exemplos. O programa Cerco Inteligente, no Espírito Santo, lançado em 2022, interligou 1 650 câmeras de diversos órgãos públicos em 290 pontos do estado. Em setembro do ano ado, o sistema ganhou a tecnologia de reconhecimento facial por meio de um projeto-piloto. O estado era o segundo mais violento do país em 2011. Agora, ocupa a 18ª posição.

Mais do que nunca, o Brasil precisa discutir com maior seriedade e profundidade os desafios que se apresentam na área de segurança, sem espaço para soluções fáceis para um tema tão complexo. Mirar os bem-sucedidos exemplos do uso das tecnologias modernas é um bom e necessário primeiro o para qualificar esse debate e, como consequência, obter avanços significativos na luta contra o crime.

Publicado em VEJA de 24 de janeiro de 2025, edição nº 2928

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