Gleisi tinha até IPVA financiado por propina, diz delator 6q332g
Em vídeo, delator revela que propina pagava condomínio, carro, gasolina, motorista, contas de luz e até brinquedos dos filhos da presidente do PT 174d2m

Em setembro de 2016, Gleisi foi denunciada no caso do chamado “quadrilhão do PT”, por participação em organização criminosa. Um dos depoentes, o advogado Marcelo Maran, revelou que, por muitos anos, o dinheiro desviado dos cofres públicos financiou, além das campanhas eleitorais da senadora, o seu conforto e o da sua família. Despesas como gasolina, conta de luz, telefone, condomínio, brinquedos para seus filhos e pequenos luxos — como motorista particular —, em vez de serem pagas com os rendimentos da senadora e do ex-ministro Paulo Bernardo, seu marido, saíam de uma conta-propina abastecida, na ponta, pelo dinheiro do contribuinte. Marcelo Maran, que firmou um acordo de delação com a Justiça, confessou ter sido responsável por controlar, por quase seis anos, a conta-propina que bancava as despesas do casal. VEJA teve o a esses depoimentos inéditos colhidos pela Procuradoria-Geral da República.
Mas não é só. Gleisi, no total, é ré em um processo e acusada em três investigações de receber um total de 23 milhões de reais em propina. A senadora e atual presidente do PT deve ser a primeira parlamentar no exercício do mandato a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no escândalo de corrupção na Petrobras.
Calcula-se que uma de suas ações deva entrar na pauta do tribunal ainda neste semestre. Nela, Gleisi e o marido respondem por corrupção e lavagem de dinheiro, acusados de serem os destinatários de 1 milhão de reais desviados dos cofres da estatal (o delator Antônio Carlos Pieruccini contou à polícia como fazia chegar às mãos da senadora os pacotes de dinheiro). Dado que o Supremo é a última instância da Justiça, a parlamentar, se condenada, se tornará inelegível — proibida, portanto, de disputar eleições. Dependendo da pena, ainda pode ser presa.