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O que os experts esperam da aprovação de Mounjaro para obesidade? 231l

Medicamento e demais fármacos liberados integram nova diretriz para tratamento da doença no Brasil; avaliação médica continua essencial 636s6

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jun 2025, 14h00

Aprovada nesta segunda-feira, 9, para o tratamento contra a obesidade no Brasil, a tirzepatida — medicamento de nome comercial Mounjaro — é vista por especialistas como uma alternativa eficaz para combater a doença, mas eles destacam que a liberação não vai excluir a avaliação caso a caso dos pacientes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a inclusão em bula da indicação do remédio contra obesidade e para pessoas com sobrepeso e ao menos uma comorbidade, como hipertensão ou pré-diabetes. Antes, a droga era aprovada no país apenas para o tratamento de diabetes tipo 2.

Embora seja um medicamento que já demonstrou em estudos robustos que é capaz de levar a perdas de peso superiores a 20%, cada caso deve ser avaliado para verificar qual será a melhor estratégia medicamentosa. Isso porque há outros remédios disponíveis e características individuais devem ser consideradas em qualquer tratamento.

“O remédio não é milagroso. Ainda é necessário que haja acompanhamento de uma equipe transdisciplinar e nem todas as pessoas respondem da mesma forma ao medicamento, mas o médico terá outra opção para escalar no tratamento. E isso é ótimo, pois estamos falando de uma droga com maior potência e excelente perfil de segurança”, avalia Fábio Trujilho, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Neuton Dornelas também defende a análise das peculiaridades do paciente e o acompanhamento por diferentes profissionais em casos de obesidade. Dornelas classificou a aprovação como “um o importante”.

“A obesidade é uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil, afetando cerca de 30% da população. Quando somamos os casos de sobrepeso, dois terços dos brasileiros já convivem com esse problema de saúde pública. Por isso, é essencial que todas as opções terapêuticas eficazes e seguras estejam disponíveis, com indicação devidamente regulamentada”, afirma. “Nem todo paciente com sobrepeso ou obesidade necessitará dessa medicação. A escolha do tratamento ideal deve seguir rigorosamente os protocolos clínicos e a individualização do cuidado.”

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Grupos que vão poder usar Mounjaro para perda de peso 5s2c2g

Para perda de peso, as injeções semanais de Mounjaro poderão ser indicadas para pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30, caso da obesidade, ou sobrepeso, quando o IMC é maior ou igual a 27, com comorbidades relacionadas ao excesso de peso, inclusive colesterol alto.

Em ensaios clínicos com 2 500 adultos e duração de 72 semanas, o medicamento levou a perdas de peso que variaram entre 16% (com a dose mais baixa de 5 mg) a 22,5% (com a dose mais alta de 15 mg) contra 0,3% do grupo placebo. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 40% dos participantes perderam mais de 40% do peso corporal.

É importante destacar que os voluntários associaram o tratamento a mudanças no estilo de vida, como inclusão de hábitos saudáveis de alimentação e prática de atividades físicas.

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Qual o preço do Mounjaro? 233h6f

O Mounjaro (tirzepatida) teve o preço máximo de venda de 3 700 reais estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), mas o valor definido para entrada nas farmácias foi de cerca de 1 700 reais por mês de tratamento com as injeções semanais.

Medicamentos am a ser indicados para tratamento de obesidade 4a2y2g

Remédios para o tratamento da obesidade, caso do Wegovy (semaglutida da Novo Nordisk) e Mounjaro, vão ar a ser indicados no início do tratamento da doença, segundo diretriz lançada  no mês ado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

A nova orientação estabelece que os médicos devem dar “prioridade para medicamentos de alta potenciar e metas realistas” sem deixar de lado o olhar individualizado para os casos que chegam aos consultórios. Eles devem continuar recomendando mudanças no estilo de vida, como adoção de alimentação saudável e prática de atividades físicas, mas incluir o tratamento medicamentoso com semaglutida, tirzepatida e liraglutida (Saxenda).

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A meta dos tratamentos para obesidade deve ser de redução de, ao menos, 10% do peso corporal, índice que é comprovado como eficaz para reduzir as doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

Em ensaios clínicos, a semaglutida (Wegovy) reduziu em 20% os eventos cardiovasculares em pacientes com obesidade e histórico de doença cardíaca. A tirzepatida (Mounjaro), por sua vez, mostrou uma redução superior a 90% na incidência de diabetes tipo 2 em pessoas com pré-diabetes.

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