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MPF denuncia Geddel, Cunha e mais 16 por fraudes na Caixa 6x1o14

Órgão aponta que houve pagamento de propina em operações de crédito do banco estatal e estima danos que ultraam R$ 3 bilhões 54653r

Por Redação Atualizado em 5 out 2018, 15h24 - Publicado em 5 out 2018, 10h45

Procuradores do Ministério Público Federal no Distrito Federal apresentaram nesta quinta-feira quatro denúncias relacionadas à operação Cui Bono, que apura irregularidades na concessão de crédito da Caixa Econômica Federal em troca de propina.

Entre os denunciados estão o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os ex-deputados e presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o operador Lúcio Funaro e o ex-vice presidente da Caixa da Caixa Fábio Cleto. Ao todo, 18 pessoas são alvo da denúncia.

De acordo com o MPF, as quatro denúncias oferecidas são relativas a operações de crédito para Marfrig, Bertin, J&F e Grupo BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, bem como duas operações com recursos do FI-FGTS.

Os denunciados devem responder pelos crimes de corrupção ativa e iva e lavagem de dinheiro. Os procuradores da República pedem, no total, multa e reparação de danos que ultraam os 3 bilhões de reais.

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Os procuradores identificaram o ree de valores ilícitos, por Lúcio Funaro a Eduardo Cunha (89,5 milhões de reais entre 2011 a 2015), Geddel Vieira Lima (17,9 milhões de reais entre 2012 a 2015) e a Henrique Alves (6,7 milhões de reais de 2012 a 2014).

Denúncias 691p5w

Ao todo, foram apresentadas quatro acusações, divididas pelos diferentes crimes e empresas suspeitas de envolvimento. No caso da Marfrig, Geddel, Cunha, Funaro, Alves e Cleto dividiram entre si, segundo a Procuradoria, uma propina de 9 milhões de reais, em troca de créditos bancários da Caixa Econômica Federal para a empresa que, somados, atingem a marca de 350 milhões de reais. Os ex-parlamentares e os operadores financeiros foram denunciados por corrupção iva. Marcos Molina dos Santos, empresário responsável pela Marfrig, por corrupção ativa.

A investigação sobre o Grupo Bertin cita propinas, para os mesmos agentes públicos, estimadas em 57,7 milhões de reais, prometidas e pagas pelos empresários responsáveis pelo grupo, Natalino Bertin, Reinaldo Bertin e Silmar Roberto Bertin. A contrapartida neste caso teria sido a liberação de um financiamento de 2 bilhões de reais da concessionária SPMAR, ligada a Bertin, com o BNDES. Os ex-parlamentares e os operadores financeiros foram denunciados por corrupção iva. Os empresários da família Bertin por corrupção ativa. E todos por lavagem de dinheiro, em virtude da “ocultação da propina”, com outros três operadores financeiros.

No caso da BR Vias da Oeste Sul, que não envolve Henrique Eduardo Alves, a suspeita é de uma propina de 7 milhões de reais, paga pelo empresário Henrique Constantino. A contrapartida, alega o MPF, foi um empréstimo de 300 milhões de reais para a BR Vias, obtido junto ao FI-FGTS, e a liberação de crédito bancário, no valor de 50 milhões de reais, para a Oeste Sul. Geddel, Cleto, Cunha, Funaro e o operador Alexandre Margotto responderão por corrupção iva. Constantino, ativa. E todos por lavagem de dinheiro, junto com outros três operadores.

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Por fim, na denúncia que envolve a J&F, trata-se de um outro empréstimo oriundo do FI-FGTS para as empresas do grupo, em troca do qual o empresário Joesley Batista teria concordado em pagar uma propina estimada em 120 milhões de reais, dividida, segundo a denúncia, entre Geddel, Cunha, Alves, Cleto, Funaro, Margotto e Roberto Derziê de Sant’Anna.

Os políticos e operadores foram denunciados por corrupção iva. José Carlos Grubisch Filho, ligado à J&F, por corrupção ativa. Joesley Batista e seu auxiliar Ricardo Saud não foram denunciados, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decide se rescinde, ou não, o acordo de delação premiada assinado por ambos. Todos os citados, com exceção de Derziê, responderão por lavagem de dinheiro, junto com outros três operadores.

Outro lado 3i36t

Sobre a nova acusação do MPF, a defesa de Eduardo Cunha afirmou que esta “não a de um remendo da Operação Sepsis, trazendo apenas fatos requentados, com acusações baseadas em palavras de delatores, desacompanhadas de quaisquer elementos de prova”. Henrique Eduardo Alves ainda não teve o à denúncia e não vai se posicionar. A defesa de Lúcio Funaro afirmou ele está cumprindo o acordo feito com a Justiça e segue colaborando. A defesa de Fábio Cleto afirmou que ele é “um réu colaborativo e seguirá assim”. E que “graças a sua colaboração, essa operação está em vigor”.

A Marfrig negou que o empresário Marcos Molina dos Santos tenha firmado algum tipo de delação premiada ou de confissão de culpa. Segundo a empresa, Molina apenas assinou um termo com a Procuradoria, se comprometendo a reparar eventuais danos ao erário público, sem qualquer dano para a Marfrig em virtude da sua atuação pessoal. A

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O Grupo BR Vias respondeu em nome de Henrique Constantino, um dos diretores da Via Rondon. “Henrique Constantino segue colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos”. Procurados, o grupo Bertin afirmou que ainda vai se posicionar, mas ainda não havia enviado seus esclarecimento até a publicação desta nota. A J&F afirmou que “o MPF, corretamente, não ofereceu denúncia contra Joesley Batista em obediência ao acordo de colaboração firmado com a PGR e homologado pelo STF. Assim, nenhuma denúncia nesse intervalo de tempo poderá ser oferecida contra o colaborador sob pena de o próprio MPF descumprir o acordo”. A defesa concluiu afirmando que o Supremo vai cumprir sua parte no acordo.

A defesa de Geddel Vieira Lima também não se posicionou até o momento. A Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários não foram encontradas.

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