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Lula perde para Bolsonaro o primeiro round do escândalo do INSS 6m5d1u

Presidente fracassa na tentativa de culpar o antecessor pela crise e ainda vê a preocupação com a corrupção crescer entre os eleitores 2da3t

Por Daniel Pereira 8 jun 2025, 10h05

O presidente Lula ainda não conseguiu conter os danos de imagem sofridos por ele em razão do esquema de desvio de aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Tão logo o escândalo veio a público, ele disse que a roubalheira começou no governo de Jair Bolsonaro e que só tinha sido interrompida agora, na gestão petista, que mereceria crédito por isso.

Esse discurso não convenceu os eleitores. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 4, 82% dos entrevistados ficaram sabendo da crise no INSS. Perguntados sobre quem era o principal responsável por ela, 31% responderam o “governo Lula”, 14% citaram o próprio instituto e apenas 8% disseram o “governo Bolsonaro”. O presidente, portanto, não conseguiu transferir a culpa para o antecessor.

Segundo as investigações realizadas pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), 6,3 bilhões de reais foram descontados de segurados do INSS entre 2019 e 2024, mas ainda não se sabe quanto de forma ilegal. Os descontos saltaram de 706 milhões de reais em 2022, último ano do governo Bolsonaro, para 2,6 bilhões de reais em 2024. Ou seja, ganharam tração na gestão Lula

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De forte apelo popular, o escândalo também recolocou no noticiário um tema sempre usado pela direita para desgastar Lula e a esquerda, mas que andava meio esquecido. Segundo a pesquisa Genial/Quaest, 13% dos entrevistados apontaram a corrupção como a sua principal fonte de preocupação. Em março, eram 10%. No início do ano, 9%.

Numa tentativa de conter o desgaste, o governo anunciou como prioridade a devolução dos valores surrupiados de aposentados e pensionistas. O processo ainda está em curso. Já a oposição quer amplificar o derretimento de imagem da situação e conseguiu o número de s para a criação de uma I do INSS, cujo requerimento de instalação deve ser lido no próximo dia 17.

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Se sair do papel, a comissão só começará a trabalhar no segundo semestre. Lula quer evitar que isso aconteça e conta com a devolução dos valores desviados para atingir esse objetivo. O presidente tem pressa porque sabe da gravidade do caso.

O escândalo do INSS impediu que a aprovação do governo melhorasse, neutralizando os efeitos de uma leve melhora na percepção sobre os rumos da economia. Caiu, por exemplo, o número de entrevistados que afirmam que os preços de alimentos, gasolina e luz estão mais caros.

“A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento de novos programas do governo. O eleitor está mais difícil de ser convencido, e o governo ainda não conseguiu atender às expectativas produzidas durante a eleição”, diz o cientista politico Felipe Nunes, CEO da Quaest.

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