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Ex-comandante recua sobre presença de Anderson Torres em reunião golpista 383x12

Ex-chefe da Justiça havia sido apontado como responsável por listar aspectos jurídicos para dar e a medidas de exceção o4b21

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 Maio 2025, 20h03 - Publicado em 21 Maio 2025, 17h49

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior recuou nesta quarta-feira, 21, de uma informação que havia fornecido à Polícia Federal e disse agora “não ter certeza” da presença do antigo ministro da Justiça Anderson Torres em reuniões de governo que discutiram pretensas medidas jurídicas de exceção que permitiriam que militares atuassem para conter uma suposta crise institucional após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Os encontros, que reuniram o então presidente, integrantes das Forças Armadas e antigo assessores palacianos, são elencados pela Procuradoria-Geral da República como elementos que comprovam que o país esteve à beira de uma ruptura institucional.

Diante da Primeira Turma no STF, Baptista, arrolado como testemunha de acusação no processo que coloca o antigo mandatário e integrantes de seu governo como artífices de um projeto para impedir a ascensão de Lula ao poder, disse não garantir mais que Torres estava presente nos debates.

Em fevereiro de 2024, quando prestou depoimento à PF sobre o caso, o militar havia relatado que “Anderson Torres chegou a participar de uma reunião em que os Comandantes das Forças estavam presentes” e que o então ministro “procurava pontuar aspectos jurídicos que dariam e às medidas de exceção (GLO e Estado de Defesa)”.

Na mesma época, declarou que “o papel do ministro Anderson Torres na referida reunião foi de assessorar o então presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas jurídicas que o Poder Executivo poderia adotar no cenário discutido”. Nesta quarta, porém, explicou que “queria fazer uma retificação: eu não tenho a mesma certeza sobre o Anderson Torres em alguma reunião”.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público sobre a trama golpista, no entorno mais próximo do ex-presidente, a divisão de tarefas para a consolidação da ruptura institucional funcionava assim: o ex-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto inflamaria os setores militares, o então ministro da Defesa Paulo Sérgio Oliveira e o antigo diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem produziriam estudos para contestar a higidez das urnas eletrônicas, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno redigiriam hipóteses jurídicas para a perpetuação no poder, e Mauro Cid, apontado como longa manus de Bolsonaro, atuaria como porta-voz do chefe. Todos eles se tornaram réus no STF.

No depoimento desta quarta, Baptista Junior declarou ainda ter se encontrado com Torres no Palácio da Alvorada, o que, por si só, não imputa ao ex-ministro nenhuma ilegalidade, e disse que, na reta final do governo, foi levada a Bolsonaro a ideia de que o então chefe da pasta da Justiça fosse inserido nas discussões sobre a decretação de uma eventual GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para conter episódios como a atuação de caminhoneiros no bloqueio de estradas em protesto contra uma inexistente fraude na contagem de votos nas eleições presidenciais.

“Eu não estava falando de qualquer golpe. Nós continuávamos sobre uma GLO daquelas que os militares estão identificados, com princípio de segurança pública. Nós sugerirmos ao presidente que, se havia um problema ou uma crise institucional, estava na hora de chamar outros participantes, que não só os militares. Foi aí que eu sugeri [a presença d] o Anderson Torres e uma conversa com os presidentes da Câmara e do Senado. Desconheço se isso foi feito”, completou.

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