Castro indica vice ao TCE/RJ e abre caminho para candidatura de Bacellar em 2026 3e4d1j
Decisão foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira; com isso, presidente da Alerj poderá concorrer ao governo do estado 6bv3m

O governador do Rio, Claudio Castro (PL), oficializou na tarde desta segunda-feira, 19, a indicação de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), para uma vaga recém-aberta no Tribunal de Contas fluminense (TCE/RJ). A canetada era aguardada por todos os setores da política do estado, já que abre caminho para que o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), seja o candidato da direita ao Palácio Guanabara, com a benção do atual mandatário. Entre os parlamentares estaduais, o clima é de prontidão para que Pampolha seja sabatinado o quanto antes.
A indicação foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado do Rio também nesta segunda, e acontece após reunião entre Castro, Pampolha e Bacellar. No texto da publicação, o governador afirma que seu vice “é possuidor de todos os requisitos objetivos e subjetivos reclamados pela vigente ordem constitucional para a citada investidura, como se pode inferir da inclusa documentação, de sua ilibada reputação e dos notórios conhecimentos em istração, Direito e Finanças Públicas, fato evidente entre os que acompanham a vida pública fluminense”.
Na Alerj, a primeira sabatina de Pampolha, na Comissão de Normas Internas, está marcada já para esta terça-feira, 20, antes que o mesmo aconteça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A ideia é que a votação no plenário, que deve sacramentar a indicação, seja feita logo em seguida, ainda nesta semana. Vale lembrar que foi também nesta segunda a abertura oficial de uma vaga no tribunal, com a aposentadoria compulsória do conselheiro José Maurício Nolasco. A indicação veio horas depois, o que traduz a urgência com que o assunto vinha sendo tratado.
Eleição antecipada 3ru2m

Se a candidatura do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), ao governo do estado no ano que vem já era dada como certa no seu grupo, no campo da direita, o escolhido para concorrer ao posto acabou definido após meses de negociações. O “todo poderoso” da Assembleia e do governo, mas pouco conhecido da população — do município de Campos, Bacellar nunca disputou uma eleição majoritária — desejava ser candidato apenas se pudesse sentar antes na cadeira de Cláudio Castro. O plano é se divulgar junto à população, com a estrutura da máquina pública, e também se resguardar da baixa popularidade de Castro.
Sabendo que Castro deve se desincompatibilizar no início do ano que vem, para se candidatar ao Senado, Pampolha até então afirmava publicamente que gostaria de herdar o posto de governador e concorrer à reeleição. A aliados, o vice também argumentava que uma cadeira no TCE/RJ não lhe interessava, porque poderia representar o naufrágio de sua vida política — seria como “aposentar-se”. Tal posição representava um obstáculo nos planos de Bacellar.
Depois de uma “novela” nos bastidores, no entanto, a maré deu sinais de que havia mudado nos últimos dias. Pampolha e Bacellar se aproximaram, e diferentes sinais foram dados na direção de uma solução, como aconteceu.