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Advogado que ajudou a esconder Queiroz tem longo ‘currículo’ de crimes 1g3h4o

A ficha corrida de Edevaldo de Oliveira, morador da mesma Atibaia e homem de firmes laços com o agora ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef f1i65

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h04 - Publicado em 3 jul 2020, 06h00

Com o aparecimento de Fabrício Queiroz em Atibaia, em 18 de junho, veio à tona um nome fundamental na trama para fazer com que o ex-­PM suspeito de ser laranja do clã presidencial evaporasse do mapa por um ano e meio: o advogado Edevaldo de Oliveira, 63 anos, morador da mesma Atibaia. Com Frederick Wassef, Edevaldo reuniu-se, na presença do próprio Queiroz, para articular a operação que o manteve escondido na casa do ex-advogado da família Bolsonaro, segundo reportagem do jornal O Globo. Mesmo insistindo em que “apenas conhece” Wassef, Edvaldo foi designado em janeiro de 2019 para uma importante missão envolvendo seu principal cliente, o senador Flávio Bolsonaro: acompanhar o depoimento de um ex-assessor investigado no caso da rachadinha — esquema de desvios implantado em seu gabinete quando era deputado estadual. É sabido que, antes de atuar nos tribunais, o advogado de Atibaia foi policial rodoviário federal — mas seu bem guardado currículo revela muito mais.

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VEJA teve o ao processo número 2013/0174509-2, um calhamaço de 460 páginas que inclui uma extensa lista de crimes aos quais Edevaldo respondeu. Em 1995, ele foi condenado e preso por falsidade ideológica e roubo de cargas. As investigações mostraram que o ex-policial parava motoristas em rodovias para depois assaltá-­los. Também foi acusado, mas não condenado, de integrar uma quadrilha comandada por um delegado que praticava extorsão de criminosos e tráfico de drogas. Chamam atenção ainda no vasto documento dois processos por homicídios qualificados e um por tentativa de homicídio. Destes, Edevaldo acabou sendo inocentado. Mesmo com toda essa ficha, ele obteve o registro na Ordem dos Advogados do Brasil, que conseguiu em 2011, depois de uma graduação em direito. A lei 8 906, que rege o estatuto da Ordem, estabelece que só são aceitos na instituição profissionais com “idoneidade moral”. Pois Edevaldo pegou a carteirinha número 35 330 apresentando um processo de reabilitação criminal, instrumento que garante a quitação de contas com a Justiça, embora àquela época ainda pesasse sobre ele uma das acusações por homicídio, da qual se livraria apenas em 2017. A VEJA, ele diz: “Foi tudo legal”. Agora que ganhou os holofotes, o currículo nada envernizado que queria ver enterrado volta a assombrá-lo.

Publicado em VEJA de 8 de julho de 2020, edição nº 2694

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