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A Igreja Universal está cheia de boa vontade com Lula 3f3r4i

Líderes da maior denominação evangélica do país pedem aos fiéis tranquilidade em relação à vitória do petista. 2y2e1u

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2022, 18h33 - Publicado em 31 out 2022, 18h33

A Igreja Universal do Reino de Deus, maior denominação evangélica do país, ou os últimos anos atacando o PT e defendendo Jair Bolsonaro, mas, ao que parece, não acha o apocalipse a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.

Ao menos três líderes da instituição gravaram vídeos desde ontem tranquilizando os fiéis em relação à vitória do petista. O chefe máximo da igreja, o bispo Edir Macedo, também dono da TV Record, gravou um vídeo direcionado aos seguidores no qual afirma que “o resultado (da eleição) não foi o que a gente esperava”, mas que foi feita a vontade de Deus.

“Clamamos a Deus para que viesse nos dar um governo de acordo com os nossos princípios. Que são os princípios da família, sobretudo de Deus, e também da pátria. Mas nós também incluímos no nosso clamor que fosse feita a Sua vontade. E a vontade de Deus foi feita. Graças a Deus”, afirma.

E acrescenta. “A minha fé não está no homem, não está no presidente A, B ou C (…) , a minha fé está na palavra de Deus”. E aconselha. “Vamos olhar para a frente, não vamos ficar chorando o leite derramado. Você não vai perder a sua paz por causa de política”, disse.

Outro líder importante da igreja, o seu sobrinho Marcelo Crivella, ex-senador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e também bispo, foi na mesma linha em outro vídeo dirigido aos fiéis para falar sobre o resultado da eleição. “Às vezes, a gente ora, jejua por semanas, implora por uma coisa que a gente acha tão justa, mas o importante é aprendermos que a vontade de Deus é soberana, justa e perfeita. E quando a gente cumpre a vontade de Deus, mais na frente nós vamos entender que é o melhor”, afirma.

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O pastor Marcos Pereira, deputado federal reeleito e presidente nacional do Republicanos – o partido ligado à Igreja Universal –, também foi na linha de tranquilizar os eleitores da legenda, mas deu um tom mais político à pregação. “Apoiamos o presidente Bolsonaro até o último minuto, trabalhamos, mas, nas urnas, o povo escolheu. E as urnas são soberanas”, disse.

E aproveitou para criticar quem quer contestar o resultado da eleição. “Não há por que duvidar do resultado das urnas, não há porque questioná-los. Senão, teríamos que questionar a eleição do Tarcisio (de Freitas, governador eleito de São Paulo, que é do partido), a eleição do senador Hamilton Mourão, a eleição da senadora Damares Alves, a eleição do nosso governador reeleito em primeiro turno no Tocantins, Wanderley Barbosa, a eleição dos 41 deputados federais. Não, o resultado está aí. Nós não apoiamos o candidato eleito, mas precisamos continuar trabalhando em prol do Brasil”, disse.

Como mostrou o Radar, o deputado, que preside um dos partidos do chamado Centrão, disse que vai adotar uma “independência crítica” em relação ao governo Lula.

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A Igreja Universal já foi aliada dos governos petistas. Crivella, por exemplo, foi ministro da Pesca por dois anos durante o governo Dilma Rousseff. Com o tempo, os bispos da denominação se afastaram, em boa parte em razão da pauta progressista tocada por alguns setores do PT. Na campanha de 2018, o então candidato petista à Presidência, Fernando Haddad, chamou Edir Macedo de “charlatão” e foi processado pelo bispo. Em janeiro deste ano, a Universal chegou a dizer, em seu jornal oficial, que não era possível ser cristão e compactuar com as ideias de esquerda.

Agora, o tom parece ser ligeiramente outro.

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