Trump diz que ‘não sabe’ se vai respeitar Constituição ao falar de deportados 55b1u
Presidente dos EUA relutou em itir que pessoas em solo americano têm direito ao devido processo legal, conforme garantido pela Quinta Emenda 486k1w
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Atualizado em 5 Maio 2025, 14h43 - Publicado em 5 Maio 2025, 09h52
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou numa entrevista transmitida no domingo 4 que não sabe se vai respeitar a Constituição no contexto de seu projeto de deportações em massa, dizendo não ter conhecimento de que todas as pessoas em solo americano têm o direito ao devido processo legal – que é garantido pela Quinta Emenda.
Em entrevista à emissora NBC, Trump foi questionado se concordava com seu secretário de Estado, Marco Rubio, a respeito do direito de cidadãos e não cidadãos nos Estados Unidos ao devido processo legal.
“Não sei”, respondeu. “Não sou, não sou advogado. Não sei.”
A entrevistadora, então, lembrou ao presidente que a Quinta Emenda diz exatamente isso.
“Não sei”, disse Trump novamente. “Pode até ser que diga isso, mas se você está falando sobre isso, então teríamos que ter um milhão, dois milhões ou três milhões de julgamentos”, completou, sem especificar como seria possível comprovar se os imigrantes são indocumentados, quanto mais criminosos, sem audiências.
Mais uma vez, ele respondeu “não sei” quando perguntado se, como presidente, precisava defender a Constituição dos Estados Unidos.
Batalhas judiciais 4cvp
As polêmicas declarações vieram em meio a uma série de desafios à agenda do governo nos tribunais americanos, especialmente em relação à agressiva campanha de deportação. Trump, por sua vez, atacou juízes, pediu seus impeachments e ignorou uma decisão da Suprema Corte que instruía seu governo a “facilitar” o retorno de Kilmar Abrego Garcia, um imigrante enviado por engano para uma prisão em El Salvador reservada a membros de gangues.
Trump declarou na entrevista que pode buscar esclarecimentos junto à Suprema Corte sobre o significado da palavra “facilitar”, ao se referir ao retorno de Abrego Garcia.
Ao longo da conversa, ele também defendeu suas políticas econômicas, a manutenção de tarifas contra a China e justificou a contração do PIB no primeiro trimestre (“As partes boas são a economia Trump e as partes ruins são a economia Biden, porque ele fez um péssimo trabalho”, afirmou sobre seu antecessor)
Questionado sobre a guerra na Ucrânia e os esforços de mediação por parte de seu governo, o presidente disse que esteve perto de abandonar as negociações e que ainda pode fazê-lo. “Bem, chegará um momento em que direi: ‘OK, continuem. Continuem sendo estúpidos e continuem lutando'”, declarou ele na entrevista.
O chefe da Casa Branca também foi questionado sobre suas declarações anteriores sobre concorrer a um terceiro mandato, que é inconstitucional no país. Na entrevista, ele afirmou que não pretendia se candidatar novamente, apesar de sua loja online estar vendendo bonés com os dizeres “Trump 2028”.
“Há muitas pessoas vendendo o boné 2028, mas isso não é algo que eu pretenda fazer. Quero ter quatro ótimos anos e entregá-los a alguém, idealmente um grande republicano, um grande republicano para levá-los adiante”, afirmou, citando Rubio e seu vice-presidente, J.D. Vance, como nomes que se encaixam no perfil como seu sucessor.
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