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Líder supremo do Irã critica proposta nuclear dos EUA e diz que continuará enriquecendo urânio 235t6a

Washington enviou proposta, classificada por Teerã como 'unilateral', após sucessivas rodadas de negociações sem avanços 5p43s

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jun 2025, 14h13

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, criticou nesta quarta-feira, 4, uma proposta dos Estados Unidos que visa conter esforços nucleares de Teerã, exigindo independência em meio a relatos de que Washington teria interesse em se envolver no programa nuclear iraniano.

“A primeira palavra dos EUA é que o Irã não deve ter uma indústria nuclear e deve depender dos Estados Unidos”, disse Khamenei a uma multidão reunida em Teerã para marcar a morte do imã Khomeini, fundador do Irã. “Nossa resposta ao absurdo dos EUA é clara: eles não podem fazer absolutamente nada nessa questão”.

Após rodadas de negociações, que não avançaram em meio a divergências profundas entre as partes, os EUA enviaram uma proposta de acordo nuclear no último sábado. Segundo a emissora americana CNN, o documento sugere que Washington poderia investir no programa de energia nuclear civil do Irã e se juntar a um consórcio, que incluiria países do Oriente Médio e a Agência Internacional de Energia Atômica, que supervisionaria o enriquecimento de urânio de baixo nível por um período indeterminado.

Na segunda-feira, autoridades iranianas já haviam indicado à imprensa que a proposta, vista como “completamente unilateral”, seria negada.

Já foram realizadas cinco rodadas de discussões entre o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sobre o acordo nuclear. Não houve, contudo, qualquer avanço concreto. O Irã se recusa atender à demanda americana de que abandone o enriquecimento de urânio, possível matéria-prima para bombas nucleares, e  envie para o exterior todo o seu estoque existente.

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Teerã também exige a remoção de todas as sanções dos EUA. Washington, por sua vez, propõe que as penalidades relacionadas à energia nuclear devem ser removidas em fases. Diversas instituições imprescindíveis para a economia iraniana, como seu banco central e a empresa nacional de petróleo, estão na mira americana desde 2018 por supostamente “apoiar o terrorismo ou a proliferação de armas”.

Desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio em troca do alívio das sanções econômicas, o governo iraniano ou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares. O Irã alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos, mas países ocidentais desconfiam que esteja tentando desenvolver uma bomba atômica.

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