Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

Ditadura de Maduro enfrenta ‘hora da verdade’ em eleição neste domingo 5p5m13

A julgar pelas pesquisas, o pleito vai colocá-lo diante de um dilema: ou assume de uma vez o status de ditador ou ite que perdeu b1s22

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jul 2024, 08h00

No poder há doze anos, o venezuelano Nicolás Maduro tornou-se um mestre em driblar resultado eleitoral e proclamar que, apesar da pilha de evidências em contrário, é um mandatário legítimo. Na última votação, em 2018, conquistou o segundo mandato com uma receita que incluiu a desqualificação dos principais candidatos de uma oposição fragmentada e a desmobilização da população, que mais se absteve (54%) do que compareceu às urnas. Foi o que bastou para ele cantar vitória, com 67% dos votos. Neste domingo, 28, a situação será mais complicada: Maduro vai enfrentar uma oposição unida e uma sociedade mobilizada. Pesquisa divulgada pelo Instituto Delphos, na terça-feira 23, indicou que a coalizão de onze partidos que desafia o regime está 35 pontos à frente, com 60% das intenções de votos, e que a participação deve bater nos 80%. Restará ao presidente bolivariano, nesse cenário, duas opções: ou assume de vez o autoritarismo, ou ite que perdeu.

Sentindo a pressão, a retórica do ditador esquentou. Em comício em Caracas, alertou que a nação enfrentará um “banho de sangue” se derrotado, indício de que pode ignorar os resultados. Até o presidente Lula, aliado de primeira hora, titubeou. “Fiquei assustado”, afirmou. “Maduro precisa aprender que, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora.” Ferido nos brios, o venezuelano observou, sem provas, que as eleições no Brasil não são auditadas e mandou o petista “tomar um chá de camomila”. No calor do bate-­boca, o TSE voltou atrás na intenção de enviar funcionários para monitorar o processo eleitoral, enquanto Celso Amorim, em pessoa, assessor especial de Lula, anunciou que irá à Venezuela para monitorar o processo eleitoral. “Indicação de que o governo está tenso. Amorim tem mais peso que um técnico”, disse um diplomata a VEJA.

NA FRENTE - O oposicionista González: de desconhecido a favorito
NA FRENTE - O oposicionista González: de desconhecido a favorito (Juan Barreto/AFP)

A última parada da campanha da oposição, na quarta-feira 24, traduziu um sentimento de esperança que há muito não se via entre os eleitores. Com direito a buzinaços e desfile de trio elétrico, milhares inundaram as ruas de Maracaibo para receber Edmundo González, diplomata desconhecido alçado a presidenciável após o regime declarar a inelegibilidade da líder oposicionista María Corina Machado. Popularíssima, ela postou-se no alto do trio de mãos dadas com González, para colar sua imagem ao colega no palanque improvisado — a equipe encarregada de montar o palco foi presa no dia anterior, uma costumeira técnica de intimidação. Ao menos 37 figuras da oposição foram detidas neste ano, e a fiscalização fecha hotéis e restaurantes que recebem as que ainda estão livres. Maduro parece disposto a tudo para ficar no poder. “Para ele, é questão de sobrevivência, sob risco de ser preso e julgado”, ressalta Carolina Pedroso, professora de relações internacionais da Unifesp. Até domingo, o mundo prende a respiração.

Publicado em VEJA de 26 de julho de 2024, edição nº 2903

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo 4b3v3b

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 1f5w5z

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.