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Contra EUA, China reforça influência na América Latina com oferta de R$ 52 bi a países da região 3a4r3s

Xi Jinping oferece linha de crédito e novos investimentos e Lula faz ressalva de que o futuro das nações latino-americanas não pode depender dos outros 172l61

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2025, 11h34 - Publicado em 13 Maio 2025, 08h47

O presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta terça-feira, 13, ampliar a presença na América Latina com uma nova linha de crédito de 66 bilhões de yuans (mais de R$ 52 bilhões, na cotação atual) e novos investimentos em infraestrutura. O anúncio ocorreu durante a reunião ministerial do fórum que reúne o gigante asiático e os trinta países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que estendeu o tapete vermelho em reconhecimento do Brasil como líder regional com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que atualmente o país não integra a presidência rotativa do grupo.

“A China e os países da América Latina e do Caribe são membros importantes do Sul Global. A independência é nossa gloriosa tradição, o desenvolvimento e a revitalização são nossos direitos naturais, e a equidade e a justiça são nossa busca comum”, declarou Xi, que também adotou um plano de ação conjunto com a Celac, que abrange a cooperação até 2027.

A nova linha de crédito será denominada em yuan. Apesar de ser bem-vinda por muitos governos, pode ser menos útil para países com dificuldades para pagar a dívida denominada em dólares.

O líder chinês também prometeu a líderes como Lula e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, que a China importaria mais produtos da América Latina e incentivaria suas empresas a aumentarem seus investimentos. Fora isso, anunciou que cinco países da região ariam a ser isentos de visto, mas não especificou quais. Tudo parte da intensificação de esforços de Pequim, nos últimos anos, para desbancar os Estados Unidos como principal parceiro de desenvolvimento da região.

A China corteja a região ainda como uma forma de pressionar Taiwan, ilha democrática e autogovernada que o governo Xi considera uma província rebelde. Sete dos únicos doze países que mantêm laços diplomáticos oficiais com Taipei são da América Latina ou do Caribe.

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Após a cerimônia de abertura, os delegados adotaram um plano de ação conjunto que abrange a cooperação até 2027, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

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O fórum ocorreu num momento em que muitos países latino-americanos correm para negociar termos comerciais melhores com os Estados Unidos, após a implementação de tarifas do presidente Donald Trump. Xi reiterou sua oposição ao tarifaço, enquanto Lula instou a região a não se tornar excessivamente dependente das principais economias do mundo.

“É importante entender que (o destino da América Latina) não depende de ninguém. Não depende do presidente Xi Jinping, não depende dos Estados Unidos, não depende da União Europeia, depende única e simplesmente de querermos ser grandes ou continuar pequenos”, disse ele.

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O Brasil, contudo, tem se alinhado de forma mais explícita com a China, percebendo a oportunidade de vender mais produtos agrícolas para o maior importador mundial de alimentos, substituindo mercadorias americanas. Xi e Lula conversaram ainda na terça-feira e am uma série de documentos de cooperação abrangendo agricultura, energia nuclear e cooperação técnica mais ampla.

Dos US$ 240 bilhões em mercadorias que a China comprou dos países da CELAC no ano ado, pouco menos da metade veio do Brasil, a maior economia da região. O comércio bilateral entre Pequim e o bloco foi de US$ 515 bilhões em 2024, segundo dados da alfândega chinesa, um aumento em relação aos US$ 450 bilhões de 2023. Há 25 anos, era de apenas US$ 12 bilhões.

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