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“As pessoas gritavam e homens carregavam pessoas, pessoas carbonizadas, crianças carbonizadas, e andavam dizendo: ‘Meu Deus, meu Deus, não temos ninguém além de Ti’. O que podemos dizer? Meu Deus, somente”, completou.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, considera crime de guerra “ataques intencionais contra hospitais, monumentos históricos ou edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou propósitos de caridade”. Mais de 2 mil pessoas morreram e 420 mil foram deslocadas desde o fim do cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino radical Hamas, no mês ado. Ao todo, cerca de 51.300 palestinos foram mortos após o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
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Bloqueio a Gaza 4z1yn
Antes de reiniciar os ataques, Israel impôs um bloqueio total à Gaza, impedindo a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível, de forma a agravar a crise humanitária na região. Governo israelense alega que as novas ofensivas tinham como objetivo pressionar o Hamas a libertar os reféns que ainda permanecem no enclave.
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Israel estima que apenas 24 dos 59 cativos ainda estão vivos e demanda que os corpos também sejam devolvidos. Nos ataques dos militantes em 7 de outubro, 1.200 israelenses foram mortos e 250 foram sequestrados e levados para o território palestino.
Na quarta-feira, os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha apelaram, em declaração conjunta, para que Israel deixe de bloquear a ajuda a Gaza em razão do “risco agudo de fome, doenças epidêmicas e morte”. O texto, na mais contundente crítica recente a Tel Aviv, apontou que “a ajuda humanitária jamais deve ser usada como instrumento político e o território palestino não deve ser reduzido nem submetido a qualquer mudança demográfica”.