“CBF não pode ser tratada como um clube privado”, diz deputada que pediu o afastamento de Ednaldo Rodrigues 4cg1q
Daniela do Waguinho fez uma petição ao STF alegando uma falsa no documento que colocou Ednaldo de volta no cargo de presidência 495s10

Na segunda, 6, a deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidência da CBF. A petição argumenta que a do Coronel Nunes, ex-presidente da Confederação, é falsa em um acordo entre a entidade e o STF em janeiro de 2024. O documento recolocou Ednaldo Rodrigues na posição máxima da CBF após um afastamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em dezembro de 2023.
A assessoria de imprensa da parlamentar informou por meio de nota a posição da deputada: “Desde 2017, a justiça questiona a validade do processo eleitoral da entidade que elegeu Ednaldo Rodrigues. A petição da deputada Daniela do Waguinho tem como base a suposta falsificação da de Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, que estava incapaz de expressar sua vontade de forma consciente, o que é muito grave.” Veja na íntegra abaixo.
A nota da deputada se refere ao processo de ação civil pública instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2017, contrário a alterações nas regras das eleições na CBF sem participação dos clubes na época. Ednaldo Rodrigues chegou a presidência da entidade de maneira interina em 2021, após afastamento por denúncias de assédio do então chefe Rogério Caboclo. No ano seguinte, Ednaldo e o MP am um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com novos ajustes nas eleições da Confederação e suspensão da ação do Ministério contra a CBF, sob questionamento de vice-presidentes.
Em 7 de dezembro de 2023, o acordo foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Estado carioca, o que resultou na retirada de Ednaldo do cargo. A votação na 21ª Vara de Direito Privado do TJ-RJ anulou a validade do TAC assinado no ano anterior. Em menos de um mês, Gilmar Mendes concedeu liminar para que Ednaldo Rodrigues voltasse à presidência em janeiro de 2024. Segundo o ministro do STF, a decisão foi feita em face de um “evidente perigo de dano”.
O ministro Flávio Dino pediu vista do processo, em outubro de 2024, mas já finalizou sua análise e devolveu os autos. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, marcou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade para o dia 28 de maio.
Em fevereiro deste ano, o STF homologou o acordo que, até o pedido da deputada, encerrava caso com a dos cinco dirigentes: Federação Mineira de Futebol, pelo ex-presidente da confederação, Rogério Caboclo, e pelos vices da entidade Antônio Carlos Nunes, Fernando Sarney, Gustavo Feijó e Castellar Guimarães Neto. Gilmar Mendes arquivou o caso em seguida, mas o julgamento do dia 28 segue de pé, e agora com mais informações para análise.
Íntegra da nota da assessoria da deputada Daniela do Waguinho 5y2k28
A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) reafirma o seu compromisso com a lisura e a transparência e esclarece o motivo pelo qual pediu ao Supremo Tribunal Federal, o afastamento do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues do comando da entidade.
Ela entende que a CBF não pode ser tratada como um clube privado, pois representa o futebol e a seleção que o brasileiro tanto ama. Mas, infelizmente, há anos, a entidade vem sendo o foco de escândalos e disputas políticas.
Desde 2017, a justiça questiona a validade do processo eleitoral da entidade que elegeu Ednaldo Rodrigues. A petição da deputada Daniela do Waguinho tem como base a suposta falsificação da de Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, que estava incapaz de expressar sua vontade de forma consciente, o que é muito grave.
Em decorrência deste afrontamento à democracia dentro do futebol, a deputada federal Daniela do Waguinho pediu que a homologação do acordo seja revista, que o presidente seja afastado e que a transparência seja uma regra e não exceção no futebol brasileiro.
“O nosso futebol merece respeito, atenção e seriedade. A nossa seleção não pode correr o risco de ficar em mãos irresponsáveis e sem compromisso com os torcedores brasileiros. Tudo tem que ser minuciosamente apurado pelo STF”, ressaltou a deputada Daniela do Waguinho.