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Vendas de apartamentos crescem 21% no 3º trimestre e atingem recorde

Com os resultados do terceiro trimestre, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta que o setor vai expandir 3,5% em 2024

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 nov 2024, 15h46

Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que o mercado imobiliário está aquecido. O número de lançamentos residenciais cresceu 20,1% no terceiro trimestre deste ano e chegou a 95.063, segundo a pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 3º Trimestre de 2024 que também revela que as vendas de apartamentos residenciais saltaram 20,8%, na comparação com o mesmo período do ano ado, atingindo a melhor marca desde que a CBIC começou a fazer o levantamento em 2016: 105.921 unidades vendidas.

De janeiro a setembro de 2024, foram comercializadas 19,7% mais moradias (292.557) e lançadas mais 17,3% unidades residenciais (259.863) em todo o Brasil, comparado com o mesmo intervalo de 2023. Nos últimos 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024), foram 379.812 unidades vendidas, alta de 16,6%, e 360.771 lançadas , um crescimento de 12,7%.

O resultado do terceiro trimestre motivou a CBIC a rever  suas projeções de crescimento para o PIB do setor em 2024: a expectativa agora é fechar o ano com 3,5% de expansão. O conselheiro da CBIC e economista Celso Petrucci atribui o recorde às ações das empresas do setor e às políticas adotadas em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no âmbito do Minha Casa Minha Vida (MCMV)

Prognóstico para 2025 não é tão favorável, segundo CBIC

Na pesquisa, a entidade aponta  três preocupações do setor em relação ao desempenho do mercado imobiliário no próximo ano. O orçamento do FGTS é um dos pontos destacados pela CBIC. “Embora já determinado para o próximo ano, claramente há demanda maior pela habitação de interesse social, tanto que foi necessário sua suplementação este ano. O contínuo “ataque” ao FGTS, como saque aniversário, entre outras medidas, compromete esta maior e inequívoca fonte de financiamento habitacional”, afirma a entidade no relatório da pesquisa.

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O descontrole fiscal do país que tem influenciado a trajetória de alta dos juros também pode afetar o financiamento e prejudicar o setor em 2025.“O contratado aumento da Selic ainda neste ano e no próximo impacta os recursos do  Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – (já em seu teto de exigibilidade bancária) e aumenta a taxa de recursos livres de mercado.  Como parte expressiva do funding já depende de recursos livres de mercado, o financiamento tornar-se-á mais caro e de mais rigorosa contratação, sobretudo pelas empresas”, diz o relatório da pesquisa. A entidade também afirma que o aumento da taxa de juros impacta igualmente o mercado do assim chamado investidor imobiliário, clientes de maior renda, pela atratividade da renda fixa.

A CBIC também cita preocupação  do setor com a falta de mão de obra. “As margens do setor tendem a se apertar ainda mais devido à pressão de custos, sobretudo devido à elevação de mão de obra, dada a situação geral da escassez de trabalhadores qualificados”.

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