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Quanto os Estados Unidos são importantes para o etanol brasileiro?

Etanol anidro, utilizado na produção de tintas e solventes, deve ser mais afetado que o etanol hidratado, usado como combustível

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 fev 2025, 21h52 - Publicado em 13 fev 2025, 18h27

Os impactos das tarifas recíprocas ordenadas nesta quinta-feira, 13, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as exportações brasileiras de etanol de cana-de-açúcar serão distintas, conforme o tipo de produto considerado. O etanol anidro representa o principal item exportado pelo Brasil aos americanos. No mercado de anidro, os Estados Unidos são nosso principal cliente.

No ano ado, as usinas verde-amarelas despacharam para lá 282,5 milhões de litros do produto. O volume corresponde a 47% do total de 600 milhões de litros de etanol anidro exportados pelo país no ano ado. Com um teor de água de apenas 0,5%, é considerado o etanol “puro”, com aplicações na produção de tintas e solventes, entre outras.

Já o etanol hidratado, com até 5% de teor de água, é o popular biocombustível que abastece a maior parte da frota brasileira de automóveis. Embora o volume total de hidratado vendido a outros países seja bem maior que o da versão pura, com 1,3 bilhão de litros no ano ado, as remessas para os Estados Unidos são bastante modestas. Em 2024, os americanos compraram apenas 27,2 milhões de litros, o correspondente a quase 3% do total.

Nesse mercado, a grande cliente do Brasil é a Coreia do Sul. Em 2024, o país comprou 795 milhões de litros de etanol hidratado. O volume representou 61% do total exportado pelas nossas usinas. Todos dados são da Unica, a entidade que reúne as usinas produtoras de açúcar e álcool.

Trump cita etanol brasileiro em ato de tarifa recíproca

O etanol brasileiro ganhou os holofotes do mundo inteiro nesta quinta-feira 13, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o produto como um exemplo do que pretende corrigir ao o ato que estabelece as chamadas tarifas recíprocas. O republicano lembrou que, enquanto o produto brasileiro paga apenas 2,5% para entrar no mercado americano, o etanol de milho enviado de lá paga 18% para ser vendido aqui.

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As tarifas recíprocas pretendem equiparar as taxas cobradas pelos americanos sobre as importações às que os demais países cobram sobre as exportações dos Estados Unidos. “Queremos nivelar o campo de jogo”, afirmou a jornalistas hoje, após a medida.

O governo americano não forneceu uma data para que as tarifas entrem em vigor. Segundo porta-vozes da Casa Branca, ainda será necessário que a equipe econômica mapeie as disparidades e as reporte a Trump, que decidirá o tamanho e a extensão do ajuste. O republicado acrescentou que o próximo alvo são as barreiras não tarifárias que impeçam a livre entrada de produtos americanos em outros países.

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