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Por que o Reino Unido baniu a Huawei do seu projeto 5G

Boris Johnson, primeiro ministro britânico, afirmou que vai retirar a chinesa por incertezas sobre integridade da companhia

Por Diego Gimenes
Atualizado em 6 jul 2020, 17h44 - Publicado em 6 jul 2020, 17h39

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson vai afastar integralmente a gigante chinesa Huawei do projeto 5G que será implementado no país, a informação é do jornal britânico Financial Times. A decisão vem após ameaças de retaliação por parte dos Estados Unidos. Donald Trump pressiona os países para excluírem definitivamente a empresa das novas redes de internet móvel, além disso, o presidente americano reitera o discurso de que a Huawei espiona as redes e aparelhos para o governo chinês. “Estou decidido fazer com que o Reino Unido não seja, de forma alguma, vulnerável a provedores estatais de alto risco. Desta forma, teremos que pensar cuidadosamente como istrar isso, teremos que encontrar as soluções tecnológicas adequadas”, disse Boris Johnson sobre o assunto em um vídeo divulgado nesta segunda-feira, 6. Em janeiro, o governo britânico havia aprovado a participação da empresa chinesa em infraestruturas da rede 5G, com participação máxima na ordem de 35%. Liu Xiaoming, embaixador chinês em Londres, advertiu que uma possível exclusão da Huawei do processo de entrada do 5G no Reino Unido pode comprometer internacionalmente a reputação do país, além de afetar a confiança dos investidores estrangeiros.

A conexão 5G vai trazer sobretudo um ganho substancial de velocidade nos aparelhos. Estima-se que em comparação com o atual 4G, a nova tecnologia será 20 vezes mais rápida. Com a otimização, os s de filmes e jogos levarão segundos para serem concluídos. Outra vantagem é a economia de bateria e a possibilidade de mais dispositivos estarem conectados ao mesmo tempo, sem comprometer o desempenho dos aparelhos. Além disso, um dos principais ganhos econômicos com a mudança está na possibilidade de criação de novos modelos de negócio, numa sociedade ainda mais interconectada.

Com um cenário ainda obscuro, países como Alemanha e França ainda avaliam as graves acusações americanas e capacidade da própria Huawei de lidar com as sanções de Trump. Uma das razões que os britânicos levaram em conta para dar um o para trás foi justamente uma mensagem do Centro Nacional de Cibersegurança sobre as sanções americanas na gigante chinesa, que vão no sentido de impedir o o da Huawei aos semicondutores feitos com componentes americanos. Ao mesmo tempo, países europeus como Dinamarca e Cingapura já optaram por outros provedores para suas redes de telecomunicações.

No Brasil, o novo ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), adiou para 2021 o leilão do 5G que estava marcado para o final de 2020. Em razão da pandemia de coronavírus, o chefe da pasta alegou que não foram feitos todos os testes de campo para a nova rede. O ministro, que tomou posse no último dia 17, diz que vai receber todas as demandas, ouvir as empresas que estão disputando o leilão e se atentar a questões como preço e transparência. Cabe lembrar que a decisão final é do presidente Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump.

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