Número de inadimplentes no Brasil sobe 4,4% em 2018
Segundo levantamento do SPC Brasil e da Câmara de Dirigentes Lojistas, 62,6 milhões de pessoas tem restrições no F

O número de brasileiros inadimplentes terminou 2018 com crescimento de 4,4% em relação ao fim de 2017, mostra levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Ao todo, 62,6 milhões de consumidores apresentavam alguma conta em atraso e o F com restrições em dezembro, cerca de 41% da população adulta.
De acordo com o SPC, esse é o maior aumento anual na quantidade de inadimplentes desde 2012. Naquele ano, o avanço foi de 6,8%.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, apesar da recuperação econômica em curso, as famílias ainda enfrentam dificuldades para manter as contas em dia. “A reversão desse quadro a pela continuidade da melhora econômica em curso e, em especial, daquilo que toca diretamente o consumidor, que é emprego e renda. Além disso, exige um esforço contínuo de educação sobre o consumo, pois o brasileiro, mesmo diante da crise recente, ainda não aprendeu a gerenciar melhor as finanças”, analisa Costa.
Para 2019, a expectativa do órgão de proteção ao crédito e dos dirigentes lojistas é que a economia reaja e assim, haja menos pessoas com restrição no nome. “Para o ano que se inicia, espera-se que o processo de recuperação econômica se acelere, impulsionado pela alta da confiança com o novo governo e com as boas expectativas com as reformas estruturantes, que devem injetar ânimo nos agentes econômicos. Isso permitiria uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho, melhorando o quadro da inadimplência como um todo”, afirma a economista Marcela Kawauti.
Maiores endividados
Os brasileiros entre os 30 e 39 anos são os mais negativados. Em dezembro, mais da metade da população nessa faixa etária (52%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,8 milhões.
Também merece destaque o fato de que porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (50%) está negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (44%).
Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 17% – em número absoluto, 4,1 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.