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Mercado não espera mais altas da Selic neste ano e reduz projeções de inflação

Analistas consultados pelo Boletim Focus projetam inflação acima do teto da meta, mas não esperam novas altas da Selic

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 Maio 2025, 09h01

As projeções de inflação de 2025 caíram pela quarta semana consecutiva, mas ainda seguem acima do teto da meta de 4,50%, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira 15. Na média, as instituições financeiras estimam agora um IPCA de 5,51% neste ano, ante 5,53% da semana ada. Há quatro semanas, as projeções apontavam para uma inflação de 5,65%. Outro destaque é a aposta da maioria do mercado de que a Selic, a taxa básica de juros, não será mais reajustada neste ano, permanecendo no patamar de 14,75% que atingiu depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana ada.

O Focus, contudo, traz um desafio ao BC, ao indicar que o mercado projeta uma inflação de 4,50% em 2026, praticamente igual aos 4,51% que estimava última semana. Como o horizonte relevante para as decisões de política monetária do BC já focaliza no ano que vem, não se sabe o que o Copom fará com a desancoragem de expectativas dos agentes financeiros, que enxerga um cenário bem pior que o da autoridade monetária.

No comunicado da última quarta-feira 7, quando decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, o Copom informou que, em seu cenário de referência, o IPCA de 2026 já está em 3,6%, bem abaixo das projeções do mercado divulgadas hoje pelo Focus. O centro da meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Segundo o boletim de hoje, as instituições financeiras calculam que a inflação só se aproximará do centro em 2028, quando deve ficar em 3,8%.

Em seu último comunicado, o Copom itiu que “os riscos para a inflação, tanto de alta, quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual”. Com isso, a diretoria do BC sinaliza o alto grau de incerteza da conjuntura atual. Além das pressões já conhecidas sobre os preços – a desancoragem de expectativas e a inflação do setor de serviços -, o BC adicionou um novo elemento: “uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”.

Ao mesmo tempo, os analistas consultados pelo BC enxergam uma trajetória descendente para a Selic. Depois de encerrar este ano em 14,75%, a taxa básica de juros cairia para 12,50% no ano que vem, 10,50% em 2027, e 10% no ano seguinte.

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