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MDB descarta Tebet como vice de Doria e quer ir além de plano de Temer

Presidenciável vê programa "Ponte para o Futuro", de Michel Temer, como 'datado'; ideia é ter como base o apoio às reformas, mas também às políticas sociais

Por Felipe Mendes Atualizado em 21 jan 2022, 02h33 - Publicado em 20 jan 2022, 18h15

Pré-candidata à presidência da República, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) iniciou conversas mais assertivas com economistas para a estruturação da área econômica em seu futuro plano de governo. Nos últimos dias, reuniu-se com José Márcio Camargo, professor da PUC do Rio de Janeiro e economista-chefe da Genial Investimentos. Antes da virada do ano, fez contato com a economista e consultora Zeina Latif, ex-XP Investimentos, que acabou optando, posteriormente, por fazer parte da equipe de João Doria (PSDB-SP). Embora tenha ouvido de Camargo a sugestão de relançar o programa “Ponte para o Futuro”, do ex-presidente Michel Temer, essa hipótese não existe. Há o entendimento no partido que o projeto de Temer, apesar dos avanços para o país, mostra-se desconectado com os atuais interesses da sociedade brasileira.

Os pilares da campanha da emedebista devem ser, em primeiro lugar, a defesa de políticas sociais aos mais vulneráveis, dado a conjuntura de inflação, juros e desemprego altos que assola os brasileiros; e a responsabilidade fiscal. Nesse sentido, a presidenciável defenderá o andamento das reformas estruturantes, como uma reforma tributária ampla, projeto defendido por Baleia Rossi (autor da PEC 45), recém-nomeado coordenador da pré-campanha de Tebet.

A avaliação no MDB é de que a política social será tão importante quanto a política fiscal em 2023. Nesses moldes, a pré-candidata deve aproveitar pouco (ou quase nada) do projeto de Temer. Há o entendimento que um governo mais alinhado aos interesses ‘neoliberais’ não é a demanda da população atualmente, mas, claro, deve-se buscar formas de fazer políticas sociais dentro do espaço fiscal previsto no Orçamento. Alguns setores dentro do partido defendem ainda a revisão de algumas propostas idealizadas por Temer, como o teto de gastos e a reforma trabalhista. Tebet está disposta a ouvir os lados, sobretudo o do ex-presidente, antes de tomar a decisão por qual caminho seguir.

A despeito da difícil tarefa de ganhar fôlego na disputa ao Planalto, Tebet não deve aceitar abrir mão do pleito. Uma fonte próxima à pré-candidata afirma que não há qualquer possibilidade de que Tebet seja candidata à vice-presidente, por exemplo, de João Doria. Com o partido rachado desde a disputa das prévias, os senadores tucanos José Aníbal (SP) e Tasso Jereissati (CE) se reuniram na última semana, em São Paulo, com o ex-presidente Michel Temer. A ideia da ala histórica do PSDB seria costurar um apoio a Tebet em detrimento de Doria. Hoje, apesar de as pesquisas apontarem 4% de intenções de votos para Doria e apenas 1% para a senadora emedebista, há o entendimento de que Tebet, pela baixa rejeição e pelo protagonismo adquirido na I da Covid, teria mais espaço para crescer na disputa.

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