Lucro do Itaú sobe 14% e inadimplência atinge menor nível histórico
O Itaú lucrou 11,1 bilhões de reais no 1º trimestre de 2025

O Itaú lucrou 11,1 bilhões de reais no 1º trimestre de 2025, alta de 14% em um ano, com inadimplência em queda e carteira de crédito de 1,38 trilhão de reais — crescimento anual de 13,2%, apesar da leve retração no trimestre.
O resultado veio dentro do esperado pelo mercado (que era 11 bilhões de reais, segundo a Bloomberg), e é 2,2% maior do que o lucro dos três meses anteriores. O banco atribui o bom desempenho à combinação entre uma carteira de crédito saudável e uma inadimplência sob controle.
O Itaú também reportou um retorno sobre patrimônio (ROE), de 22,5%, aumento de 0,6 ponto percentual (p.p) na base anual e de 0,4 p.p em relação ao quarto trimestre de 2024.
A margem financeira totalizou 30,3 bilhões de reais, alta de 12,8% em relação ao 1º trimestre de 2024. A margem com clientes cresceu 13,9%, impulsionada por mais crédito, melhor remuneração de ivos e do capital. Já a margem com o mercado caiu 12,8%, refletindo menor resultado com tesouraria.
Inadimplência de pessoa física atinge menor nível da história
O custo do crédito foi de R$ 9 bilhões, alta de 2,1% em um ano. O aumento se deve à menor recuperação de créditos e menor volume de carteiras vendidas com prejuízo.
O ritmo de novos empréstimos desacelerou no início de 2025. Embora a carteira de crédito tenha somado 1,38 trilhão de reais — alta de 13,2% em um ano, houve queda de 1,7% em relação ao trimestre anterior.
Em um cenário de juros altos, o banco registra que menos gente está deixando de pagar empréstimos. É o terceiro trimestre seguido de queda na inadimplência acima de 90 dias caiu para 2,3% — redução de 0,4 ponto percentual em um ano. O destaque foi a inadimplência de pessoas físicas, que atingiu 3,6%, o menor nível da história do banco.