Ibovespa avança e dólar recua com otimismo após Focus e contas externas
Às 11h15, a bolsa subia 0,48% com o ibovespa em 135.383,95 pontos e o dólar era negociado a 5,65 reais, queda de 0,57%

A semana começa positiva para o investidor no Brasil, o Ibovespa sobe e o dólar opera em queda nesta segunda-feira, 28. Às 11h15, a bolsa subia 0,48% com o ibovespa em 135.383,95 pontos e o dólar era negociado a 5,65 reais, queda de 0,57%.
No radar do mercado está a repercussão do Boletim Focus, com revisão para baixo da projeção de inflação para este ano, e divulgação dos dados de déficit das contas externas, menor do que o esperado. O déficit de transações correntes foi de 2,2 bilhões de dólares em março, melhorando em 1,8 bilhão frente ao resultado de março de 2024, em decorrência do início da super safra da soja em conjunto com desaquecimento das importações, segundo apontou André Valério, economista sênior do Inter. ” O resultado foi uma surpresa positiva frente ao consenso, que era de déficit de 3,2 bilhões de dólares”.
O movimento positivo na bolsa reflete essa combinação de fatores domésticos . “A leve revisão para baixo da projeção de inflação no Boletim Focus trouxe um sopro de otimismo, indicando que o Banco Central pode ter mais espaço para agir com cautela em sua política monetária”, diz Theo Braga, CEO da escola de negócios SME The New Economy.
O déficit das contas externas menor do que o esperado ajuda a reforçar a percepção de resiliência econômica, segundo os especialistas consultados. “Apesar de o défcit nas contas externas ainda existir, o fato de ele ter sido menor que no ano ado trouxe algum alívio”, diz Carlos Braga, CEO do Grupo Studio.
Ele afirma que o investidor começa a precificar um ambiente doméstico menos pressionado em médio prazo. “A correlação entre a queda do dólar e a alta da Bolsa de Valores demonstra que o mercado está mais confortável em aumentar a sua exposição ao risco no Brasil, ainda que a cautela siga sendo necessária diante das incertezas externas, especialmente nas relação entre EUA e China”, diz Carlos Braga.