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Freio na indústria: intenção de investir cai ao menor patamar desde 2023

Segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira, 22, pela CNI, o índice de intenção de investimento recuou 0,3 ponto, para 56,1 pontos.

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 Maio 2025, 12h10

Com os juros nas alturas,  o apetite por investir entre os empresários da indústria brasileira diminuiu  pelo terceiro mês consecutivo e atingiu, em maio, o menor nível desde novembro de 2023. Segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de intenção de investimento recuou 0,3 ponto, para 56,1 pontos.

No acumulado de 2025, a queda já soma 2,7 pontos, após o pico registrado em dezembro do ano ado. A pesquisa divulgada pela CNI  ouviu 1.492 empresas entre os dias 5 e 14 de maio: 597 de pequeno porte, 520 de médio porte e 375 de grande porte.

O movimento não é abrupto, mas não deixa de acender um sinal amarelo. “A queda da intenção de investimento é gradual e, certamente, é influenciada pelo aumento da taxa de juros que vem ocorrendo desde o fim do ano ado”, afirma Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

No último dia 7 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. Embora o mercado financeiro projete que esta foi a última alta do ano na taxa básica de juros, não há previsão de queda em curto prazo. Na segunda-feira, 19, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,  defendeu a manutenção dos juros altos por mais tempo.

O pé no freio da indústria não se limita aos planos de expansão, segundo a pesquisa da CNI.  Todos os indicadores de expectativa para os próximos seis meses também cederam em maio. A confiança na demanda futura caiu 1,3 ponto. A intenção de compra de matérias-primas, 1 ponto. A previsão de exportações encolheu 0,5 ponto, enquanto o indicador de contratação de pessoal recuou 0,4 ponto. Ainda que todos permaneçam acima da linha dos 50 pontos — limiar que separa otimismo de pessimismo —, o tom é de moderação.

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Produção industrial recua e estoques seguem em baixa

O índice que mede a evolução da produção industrial ficou em 47,8 pontos em abril, indicando queda na comparação com março. A CNI destaca que esse movimento é comum para o mês. Já o número de empregados também caiu, com o indicador marcando 49,2 pontos — abaixo da linha de estabilidade, mas ainda acima da média histórica para o mês.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69%, um ponto percentual abaixo do observado em abril de 2024. Já os estoques de produtos acabados mantiveram a trajetória de queda, com o indicador registrando 49,5 pontos. A diferença entre o estoque real e o planejado pelas empresas também diminuiu: o índice ou de 48,9 para 49,3 pontos.

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“A queda dos estoques mostra que a demanda por produtos industriais ainda tem alguma força, embora isso esteja diminuindo desde o fim do ano ado”, diz Azevedo.

 

 

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