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Carta ao Leitor: O desafio da COP 30, em Belém

Num contexto de retirada dos EUA das agendas de combate à mudança do clima, cresce a responsabilidade do Brasil com a conferência

Por Redação 31 jan 2025, 06h00

Não foi surpresa, mas nem por isso deixou de causar consternação às pessoas que entendem que há um problema de aquecimento global a ser combatido, a pelo presidente Donald Trump de um decreto retirando (pela segunda vez, aliás) os Estados Unidos do Acordo de Paris. A medida foi uma das promessas de Trump em campanha, como também a saída da Organização Mundial da Saúde, e se tornou uma realidade já no dia de sua posse. À recusa em manter o compromisso com a agenda climática, Trump soma sua política resumida na frase “Drill, baby, drill”, um incentivo ao aumento da produção e do uso de petróleo e gás.

ECO-92: o Brasil se saiu bem na realização do evento, três décadas atrás
ECO-92: o Brasil se saiu bem na realização do evento, três décadas atrás (Antonio Ribeiro/Gamma-Rapho/Getty Images)

Não é possível saber as consequências que essas atitudes provocarão — de seu ponto de vista, Trump projeta apenas que os Estados Unidos vão ganhar muito dinheiro. Mas é certo que o novo cenário aumenta a responsabilidade, ao mesmo tempo que tira forças, da realização da COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, agendada para novembro em Belém. “Clima tenso” é o título de reportagem desta edição (na pág. 32) sobre o evento e seu contexto desafiador. Caberá aos brasileiros costurar acordos e tirar das nações participantes metas para tentar impedir um desastre ambiental maior, sem contar com a colaboração do país mais rico e o segundo maior poluidor. Também é parte da missão fazer avançar pontos que não andaram o suficiente em COPs anteriores, como o financiamento da transição em países pobres.

Trump: agenda antiambiental desde o primeiro dia de governo
Trump: agenda antiambiental desde o primeiro dia de governo (Jim Watson/POOL/AFP)

O Brasil já brilhou perante o mundo com uma agenda ambiental pioneira, na ECO-92, mesmo sob condições adversas, como um governo que à época enfrentava acusações de corrupção que acabaram levando ao impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. Desta vez, obstáculos como as condições de Belém para acomodar o evento precisam também ser superados. No todo, a prova agora parece mais árdua do que foi três décadas atrás. Boa sorte para o Brasil — e para o planeta.

Publicado em VEJA, janeiro de 2025, edição VEJA Negócios nº 10

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