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Alíquotas de 100%: a retaliação da China ao Canadá na guerra comercial

A medida é uma retaliação direta às barreiras impostas pelos canadenses no ano ado às importações de veículos elétricos, aço e alumínio chineses

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2025, 09h19 - Publicado em 8 mar 2025, 15h50

A China anunciou neste sábado, a imposição de tarifas de até 100% sobre canola, carne suína e outros produtos agrícolas do Canadá. A medida é uma retaliação direta às barreiras impostas pelos canadenses no ano ado às importações de veículos elétricos, aço e alumínio chineses.

As novas tarifas, que entram em vigor em 20 de março, também são interpretadas como um recado político. A China quer impedir que o Canadá — e, por extensão, o México — siga alinhado aos Estados Unidos em sua estratégia de conter a entrada de produtos chineses na América do Norte por meio de acordos de livre comércio. Tanto o governo Biden quanto a istração Trump pressionaram os vizinhos para que não se tornem um canal alternativo para a indústria chinesa.

A decisão anunciada pela Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China inclui uma tarifa de 100% sobre o óleo de canola e as ervilhas, além de uma taxa de 25% sobre a carne suína e os frutos do mar canadenses. Pequim justifica as medidas como uma resposta proporcional às tarifas adotadas  em outubro pelo Canadá, que incluem uma alíquota de 100% sobre carros elétricos chineses e de 25% sobre aço e alumínio do país asiático.

O Ministério do Comércio da China também se manifestou, exigindo que o Canadá “corrija suas práticas erradas” e elimine as restrições comerciais. O governo canadense ainda não respondeu publicamente à retaliação.

Embora os comunicados oficiais da China tenham sido formulados dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), evitando referências diretas às negociações comerciais entre Canadá, México e Estados Unidos, a posição de Pequim ficou clara em outro canal. A emissora estatal China Central Television classificou a decisão como “uma resposta firme à escolha equivocada do Canadá” e um alerta para outros países que cogitam elevar tarifas contra a China para agradar os Estados Unidos.

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