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‘Segundo Sol’: após notificação, Globo reafirma ‘repúdio ao preconceito’ 3d2m10

Emissora estreia nesta segunda-feira a substituta de 'O Outro Lado do Paraíso' na faixa das 9, sob críticas por representação racial distante da realidade 282c2b

Por Redação Atualizado em 14 Maio 2018, 12h24 - Publicado em 14 Maio 2018, 12h12

O Sétimo Guardião, trama que Aguinaldo Silva prepara para substituir Segundo Sol, o folhetim que João Emanuel Carneiro estreia nesta segunda-feira, na faixa das 9 da Globo, pode mudar os rumos do horário com o retorno do realismo mágico. Até lá, é fato: as novelas das 9 têm primado, nas últimas décadas, pela representação realista do país. Daí causar estranheza, com justiça, uma novela ambientada na Bahia, o Estado mais negro do Brasil, com um elenco predominantemente branco.

Na última sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) anunciou que notificou a Globo para que realize mudanças no elenco de Segundo Sol, que hoje toma a vaga de O Outro Lado do Paraíso no horário mais nobre da emissora carioca.

Procurada, a Globo confirma ter recebido a Notificação Recomendatória do MPT, mas, em nota, se limita a dizer que “respeita a diversidade”: “Recebemos a Nota Recomendatória do Ministério Público do Trabalho, mas reafirmamos que a Globo respeita a diversidade e repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação, inclusive o racial”.

Como Segundo Sol terá duas fases, uma mexida no elenco é esperada para a segunda etapa, ainda sem data certa para ir ao ar.

 

O folhetim 3r671i

Segundo Sol significa segunda chance. Esse é o cerne da história idealizada e escrita por João Emanuel. A trama tem início em Salvador, nos anos 1990. Beto (Emilio Dantas), um dos filhos de Dodô (José de Abreu) e Naná (Arlete Salles), conquistou fama como cantor de axé, mas há anos amarga o ostracismo. A família está endividada, e Beto aceita fazer um show em Aracaju para ganhar um trocado. Só que ele perde o avião, que cai no mar. O rapaz é dado como morto. Há uma comoção nacional, e o irmão de Beto, Remy (Vladimir Brichta), e a namorada do cantor, Karola (Deborah Secco), vendo a chance de lucrar com a fake new, o convencem a se esconder, e não revelar que está vivo. Beto aceita manter a farsa e vai para a fictícia ilha de Boiporã, próxima a Salvador, onde conhece a marisqueira Luzia (Giovanna Antonelli), que cuida sozinha dos dois filhos pequenos. Para Luzia, ele se apresenta como Miguel.

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Os dois engatam um romance que simboliza um recomeço para ambos. No entanto, por causa de uma armação arquitetada por Karola e Laureta (Adriana Esteves), as duas grandes vilãs da novela, o casal é separado. O ex-marido de Luzia volta, é instigado pelas vilãs a acabar com Beto, e Luzia, para defender o amado, mata o ex sem querer. “Tem essa tragédia, ela é obrigada a fugir. Ela escapa da cadeia e foge para a Islândia, onde fica por 18 anos. Até não aguentar de saudade dos filhos e voltar escondida, foragida da polícia, para tentar reencontrar os dois meninos, que teve de abandonar”, conta João Emanuel. É a segunda chance que ela encontra para reconstruir a família. “A história da novela é a saga dessa mulher para juntar esses pedacinhos do que já foi uma família, essa que é a ideia da novela, de ter uma nova chance de juntar os cacos.”

Aliás, família é um tema que é a caro ao autor e está muito presente em sua obra. Filho único, ele conta que, depois que sua mãe e sua avó morreram, seus amigos se tornaram sua família. “Sou muito apaixonado por contar histórias de família, até porque vim de uma família pequena, e a ideia de famílias grandes sempre é algo que me fascina”, diz João Emanuel.

Segundo Sol marca ainda a volta de Adriana Esteves a uma trama do autor. A atriz, que interpretou a inesquecível Carminha em Avenida Brasil, fará uma nova vilã. Mas numa frequência diferente. “Laureta é uma personagem amoral e livre, é uma libertina. Ela não é a mulher de família, da moral e dos bons costumes como Carminha, muito pelo contrário”, diz o autor, que confessa que, para ele, foi difícil não ter a atriz em sua novela anterior, A Regra do Jogo, de 2015. “Ela também é protagonista. Uma atriz como a Adriana Esteves te alimenta no processo de uma novela, com elementos que ela traz, é tão vivo o que ela faz, tão orgânico, que tinha de ser uma via de mão dupla, no sentido de me inspirar também a continuar escrevendo uma novela tão longa.”

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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