Cultura

Red Hot Chili Peppers vende todo o catálogo musical por valor milionário 476v24

Seguindo trilha de Dylan e Paul Simon, a banda californiana negociou suas músicas com o fundo de investimentos Hipgnosis por cerca de 140 milhões de dólares 2na6b

Por Felipe Branco Cruz SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 4 Maio 2021, 12h09 - Publicado em 4 Maio 2021, 12h02

Anthony Kiedis, vocalista do Red Hot Chilli Peppes, se apresenta no sexto dia de Rock in Rio — Anthony Kiedis, vocalista do Red Hot Chili Peppers, se apresenta no Rock in Rio - (Daniel Ramalho/VEJA.com)

Os californianos do Red Hot Chili Peppers se tornaram o mais novos membros do clube das bandas e compositores que venderam todas as suas músicas para empresas que istram catálogos musicais. Hits como como Under The Bridge, Californication, Give It Away, Otherside e Can’t Stop agora pertencem à empresa Hipgnosis. Embora os valores não tenham sido revelados, a revista Billboard estima que a transação possa ter girado em torno de 140 a 150 milhões de dólares.

A longo prazo, a compra parece ser um bom negócio para a Hipgnosis. Ainda de acordo com a Billboard, as canções do Red Hot Chili Peppers geram entre 5 milhões a 6 milhões de dólares por ano em direitos autorais. A Hipgnosis já adquiriu catálogos de outros grandes artistas, como Neil Young, Shakira e Fleetwood Mac. De acordo com uma reportagem do jornal britânico The Guardian, a empresa já investiu mais de 1 bilhão de dólares em aquisições.

As compras e vendas de catálogos musicais também estão ocorrendo em outras empresas. Bob Dylan, por exemplo, vendeu por cerca de 300 milhões de dólares todo o seu catálogo para a Universal Music e Stevie Nicks negociou suas composições por cerca de 100 milhões de dólares para a Primary Wave. Em março, David Crosby anunciou que também tinha vendido seu catálogo e o motivo seria a crise causada pela pandemia e a falta de shows. Em abril foi a vez de Paul Simon, que negociou 400 composições com a Sony Music. Para os artistas, as vantagens desse tipo de negócios são claras. Em uma época sem shows, eles garantem rendimentos polpudos a curto prazo. E também deixam seu futuro encaminhado para a própria aposentadoria e para seus herdeiros. Agora, eis que o Red Hot se junta ao clube.