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Ministro da cultura ucraniano pede boicote a Tchaikovsky 3c5q5s

Em artigo publicado no jornal inglês 'The Guardian', Oleksandr Tkachenko defende que Rússia tem usado cultura como forma de propaganda 6y4263

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 dez 2022, 14h00 - Publicado em 7 dez 2022, 17h26

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) foi o primeiro russo cuja música rompeu com as barreiras do gigante euro-asiático para ganhar prestígio internacional. Agora, quase 130 anos após sua morte, suas peças podem ser vetadas como resposta à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin. “Como ministro da Cultura da Ucrânia, peço que boicotem Tchaikovsky até que esta guerra termine”, escreveu Oleksandr Tkachenko em um artigo para o jornal inglês The Guardian.

Embora Tchaikovsky tenha sido citado nominalmente, o texto não se restringe ao compositor clássico. É, na verdade, um pedido de boicote à cultura russa de um modo geral. Tkachenko cita um decreto assinado por Putin em setembro que fala sobre a promoção da cultura russa no mundo e alega que ela foi usada por membros do Kremlin “para justificar sua terrível guerra”. “Boicotar a cultura russa é um o importante. Não estamos falando em cancelar Tchaikovsky, mas sim em interromper as apresentações de suas obras até que a Rússia cesse sua invasão sangrenta”, diz ele, complementando que espaços culturais ucranianos já colocam o boicote em prática. “Estamos pedindo aos nossos aliados que façam o mesmo.”

Até hoje um dos nomes mais conhecidos da música de sua terra natal, Tchaikovsky já era falecido quando a revolução russa estourou, em 1917, e se manteve afastado da política ao longo da carreira. É quase consenso entre historiadores, no entanto, que o compositor era secretamente homossexual, o que costuma atrelar a ele uma visão de tolerância.  A música clássica, por outro lado, fortemente ligada à elite endinheirada e conservadora, já foi relacionada à regimes autoritários em diversas ocasiões. O alemão Richard Wagner, por exemplo, era abertamente antissemita e músico preferido de Adolf Hitler. Nascido na Rússia e com cidadania sa e americana, Stravinsky era um irador convicto de Mussolini e do fascismo, assim como o italiano Giacomo Puccini.

No cenário recente, Valery Gergiev foi boicotado em praticamente todo o Ocidente pelo apoio a Putin. Conhecido como o maior maestro russo em atividade, e um dos mais famosos do mundo, Gergiev, de 68 anos, é um apoiador fiel de Vladimir Putin: os dois se conheceram no início dos anos 1990, quando Putin era oficial em São Petersburgo e Gergiev estava começando seu mandato no Teatro Mariinsky. O presidente russo, inclusive, desempenhou um papel importante no sucesso de Gergiev, fornecendo financiamento para o Mariinsky.

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