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Matcha, tradicional bebida feita à base de folhas de chá, vira febre no Ocidente 2y13g

Bebida começou a ser vista como uma alternativa mais saudável que o café 5w681g

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 fev 2025, 08h00

A onda começou nas confeitarias do bairro da Liberdade, em São Paulo, avançou em outras casas que servem doces de inspiração asiática, e rompeu fronteiras: o matcha, um pó verde produzido a partir das folhas da Camellia sinensis, planta que dá origem ao chá verde, virou ingrediente predileto de sobremesas e ou a ser consumido como bebida, alternativa supostamente mais saudável que o café, por ter menos cafeína. É tendência de fôlego nos Estados Unidos e na Europa, agora firme e forte no Brasil.

O impulso, é natural, vem das redes sociais. No TikTok, vídeos de influenciadores promovendo os benefícios do matcha somam mais de 15 bilhões de visualizações. Com o sucesso on-line, a procura não para de crescer. O Japão, principal produtor mundial, viu as exportações do broto esmeralda moído crescerem 33% em 2023 em relação ao ano anterior. O mercado atual de produtos baseados em matcha é avaliado em 4,4 bilhões de dólares, e deve crescer 53% até 2029, segundo a consultoria Business Research Company. Só a rede Blank Street, que serve bebidas à base de matcha, tem oitenta unidades nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

A Ásia, por óbvio, ainda é a principal consumidora do gênero, responsável por 40% da produção de chá verde. Faz todo sentido, já que a cultura do chá se desenvolveu na China, durante a dinastia Tang, que governou o país entre 618 e 906. No século XII, o monge japonês Eisai conheceu o chá chinês e levou as folhas para seu país, onde também se tornou um hábito cultural extremamente relevante. O próximo o: o mundo.

O apelo entre os ocidentais, reafirme-se, vem de estudos que apontam o matcha como ótimo substituto ao café. Como muitos outros alimentos, ambos oferecem benefícios se consumidos com moderação. O matcha tem propriedades antioxidantes e um componente, a L-teanina, que age sobre a cafeína, reduzindo a chance de a bebida provocar ansiedade. Há, contudo, uma mudança, na tropicalização, que não pode ser desdenhada. As versões que estão sendo popularizadas no Ocidente — inclusive no Brasil — levam doses extras de açúcar, dado o sabor amargo.

É um modo de fazer crescer o interesse, uma maneira de educar o gosto dos consumidores. Não por acaso, o Matcha Minka, de São Paulo, endereço pioneiro, oferece lattes, sorvete, bolo chiffon, gelatina e choux cream, entre outras receitas levemente adocicadas. Não se trata de um anátema — é um modo de expansão. Vale a máxima do escritor inglês Thomas de Quincey (1785-1859): “Embora ridicularizado pelos grosseiros, o chá sempre será a bebida preferida dos intelectuais”. E agora também de quem está em busca de bebidas saudáveis.

Publicado em VEJA de 31 de janeiro de 2025, edição nº 2929

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