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Gastronomia

O brasileiro que lidou com dívidas e reergueu restaurante em Roma t6r6u

Marcelo Cafaldo possui canal de receitas no Youtube r4h1g

Por Giovanna Fraguito 4 Maio 2025, 08h00

Vindo da periferia de São Paulo, Marcelo Cafaldo, 52, construiu a carreira na culinária em Roma. Em 2016, junto com a mulher Luísa Mattucci adquiriu o restaurante L’Officina, que vinha com uma bagagem de 75 mil euros em dívidas – cerca de meio milhão de reais. Hoje é o lugar onde o cinema e a gastronomia se encontram. Em agosto de 2024, Marcelo lançou o canal no YouTube Chef Marcelo Cafaldo, onde compartilha segredos, receitas e sua paixão pela culinária italiana com o mundo. Ele falou com a coluna GENTE sobre os desafios dessa jornada.

Por que Roma? Escolhi Roma por causa de uma amiga romana que conheci em São Paulo, e ela me inspirou a vir para cá. Saí do Brasil movido pela curiosidade, mas também por uma sensação de insegurança. Sempre desejei explorar o que se a no velho continente, e a Itália, com sua rica história e cultura vibrante, sempre me encantou.

Quais são as suas inspirações gastronômicas? Minhas inspirações são diversas, resultado de sete anos morando em Londres, onde tive a oportunidade de trabalhar com chefs renomados e cozinheiros de diferentes culturas. Essa troca de experiências me levou a explorar uma ampla gama de sabores e técnicas culinárias durante minhas viagens. Embora minha cozinha reflita essa diversidade, sempre há um toque brasileiro, como o uso de mandioca e carne seca, que trazem uma familiaridade especial aos pratos que crio. Essa fusão de ingredientes e tradições resulta em uma culinária única, recheada de história e sabor.

Quais foram os maiores desafios enfrentados nesse processo? Enfrento inúmeros desafios, que vão desde questões logísticas e econômicas até barreiras culturais. A adaptação ao cotidiano também apresenta suas dificuldades, seja com a dinâmica local ou com as nuances do dia a dia. Este conjunto de problemas exige resiliência e criatividade para encontrar soluções e se integrar plenamente à nova realidade. Nunca sofri preconceito por ser imigrante brasileiro.

Quais dicas daria para quem também sonha em viver da gastronomia na Itália? O primeiro o é estudar a língua e a cultura gastronômica contemporânea, focando no dia a dia. É fundamental evitar apegar-se a estereótipos, sejam eles culturais ou gastronômicos. Além disso, ter um espírito aventureiro é essencial para explorar e apreciar plenamente as diversas experiências que a culinária pode oferecer. Essa abordagem aberta e curiosa enriquece tanto a compreensão quanto a vivência da gastronomia.