Lula não cumpre promessas e não é bem intencionado, diz pesquisa 5z6x64
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29/05 e 01/06. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos y4q6z

A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que o eleitorado responsabiliza Lula pelo conjunto de sua obra no governo.
O petista se elegeu prometendo um novo ciclo de prosperidade no país, com cerveja, picanha e avanços em setores sensíveis da máquina pública, como a melhoria na saúde, o fim da fila no INSS e a retomada de obras e investimentos.
Para 70% dos entrevistados no atual levantamento, Lula não cumpre as — muitas — promessas que fez na campanha. Já para outros 48% o petista não é um político bem intencionado.
Desde que subiu a rampa do Planalto, Lula meteu-se numa longa aventura internacional com Janja, viajando a todo os cantos do planeta com tudo pago pelo contribuinte.
Enquanto via o mundo numa espécie de lua de mel global — “apaixonado”, como sempre diz — com a primeira-dama, Lula tornou-se chefe de um governo marcado pelo assalto bilionário nas contas de milhões de aposentados, a quebradeira dos Correios e prejuízos em fundos de pensão de trabalhadores públicos.
A farra na Previdência foi comandada por uma série de sindicatos ligados ao PT e a outros partidos de esquerda. Em vez de se empenhar pessoalmente na solução da crise, o petista deu declarações, nesta terça, em que pareceu advertir a Polícia Federal, quando disse não querer punir entidades de “forma precipitada” no escândalo.
O irmão de Lula é dirigente de uma dessas entidades que faturou milhões no INSS. Na semana ada, o Radar mostrou que o governo petista recebeu, em setembro de 2024, uma ferramenta capaz de acabar com a fraude a aposentados.
O sistema criado pela Dataprev tiraria das entidades o poder de aplicar golpes, mas não foi usado pelo governo petista, que permitiu a continuidade da roubalheira até a batida da PF.
Lula prometeu acabar com a fila do INSS, mas o que entregou ao país foi um sistema em colapso, como os dados atuais da fila, na casa dos 3 milhões de pessoas, comprovam.
O petista prometeu criar uma autoridade climática para fazer frente aos desastres naturais que marcaram o país, mas não tirou o projeto do papel até hoje. Sem fazer política e sem pegar no pesado, Lula viu o Senado ar a boiada no licenciamento ambiental sem nada fazer.
O petista prometeu picanha e cerveja, mas entregou ao país um pesado pacote de gastos públicos, com aumento de impostos e inflação de alimentos.
Com tantas decepções, o eleitor parece ter acordado, como mostram os dados de popularidade de Lula na pesquisa.
O petista, no entanto, tem a sorte de conviver com uma oposição ancorada num candidato inelegível e com discursos ideológicos de enfrentamento com o STF e distantes do debate nacional de propostas ao país. Fosse a oposição articulada para expor as falhas da atual gestão, Lula estaria em apuros. Na batida que vai hoje, ainda que em grave dificuldade, ainda tem caminhos para sair dessa situação.
O problema, nesse caso, é o populismo de sempre: para tentar recuperar a simpatia dos eleitores, Lula vai gastar mais e mais com programas de distribuição de benefícios ao eleitorado cativo do petismo. Além da gratuidade nas faturas de energia elétrica de 60 milhões de pessoas — conta que a sociedade pagará –, o petista vai distribuir vale gás, ampliar o crédito para motociclistas e para reformas de casas populares. Num cenário de contas já em colapso, é um péssimo caminho ao país — tudo em nome da reeleição.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29/05 e 01/06. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.