Deputadas fazem périplo a gabinete de Marina, que se diz ‘fortalecida’ 4c4rd
Ministra afirma que cada deputada e cada senadora am ‘o tempo todo por situações semelhantes’ à que ela viveu em comissão do Senado xa2p

Deputadas e deputados da base do governo Lula fizeram um périplo ao gabinete de Marina Silva nesta quarta-feira para prestar solidariedade à ministra do Meio Ambiente depois do embate com senadores da Comissão de Serviços de Infraestrutura no dia anterior e, também, reforçar que ela é deputada federal eleita e “deve ser tratada como tal” por todos os parlamentares.
Responsável por organizar as demonstrações de apoio no edifício do ministério, a coordenadora geral dos Direitos da Mulher da secretaria da Mulher da Câmara, Jack Rocha (PT-ES), mobilizou, ao longo desta quarta, parlamentares de partidos da esquerda, representantes da bancada ambientalista e um “número expressivo” de integrantes da bancada feminina da Casa.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, também compareceu ao gabinete da colega da Esplanada.
Em vídeo gravado ao lado de Jack Rocha, Marina afirmou se sentir “emocionada” e “fortalecida” com o movimento. “Sei que cada uma deputada, cada uma senadora, independente do partido, a o tempo todo por situações semelhantes”, disse a ministra.
“O nosso lugar é o lugar que a gente escolhe ficar. Nós temos o direito de escolha. Eu escolhi defender o meio ambiente, a justiça social, a democracia, para que todas as mulheres possam ter igualdade de oportunidades para desenvolver suas capacidades e dar sua contribuição para o país, para a comunidade, para o lugar e para o que ela quiser fazer”, acrescentou.
Líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ) disse que “não cabe na democracia o que dois senadores fizeram no dia de ontem” – referindo-se ao presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, Marcos Rogério (PL-RO), e a Plínio Valério (PSDB-AM).
Durante a audiência no colegiado na terça-feira, Marcos Rogério dirigiu-se à ministra com a expressão “ponha-se no seu lugar”, e Plínio Valério – o mesmo que já havia dito em público que era “impossível ouvir Marina por seis horas e dez minutos e não ter vontade de enforcá-la” – afirmou respeitá-la “como mulher, mas não como ministra”.
“A reunião mostrou a força da ministra Marina, que é muito representativa, e constitui a certeza de que ela não está sozinha para seguir fazendo seu brilhante trabalho”, afirmou Talíria.