A estratégia de Zambelli para escapar da extradição da Itália 514l51
A ofensiva dos advogados inclui até mesmo um recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos 1e1714

Refugiada na Europa após ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, a deputada Carla Zambelli trabalha com advogados no Brasil e na Itália para evitar sua extradição.
A estratégia da defesa inclui até mesmo um recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Ao Radar, o advogado Fábio Pagnozzi disse que Carla está disposta a se entregar às autoridades italianas caso um pedido neste sentido parta delas.
“Mas por enquanto, com as autoridades italianas, ela não tem nenhum pedido de prisão. A Itália não se manifestou nesse sentido ainda”, pondera.
Pagnozzi destaca que a deputada do PL quer cooperar e pontua que ela teria preferência em cumprir pena, caso isso seja irreversível, na Itália.
“Obviamente ela vai cooperar com as autoridades italianas. Não está querendo ser fugitiva ou ficar foragida dentro da Itália. Mas ela gostaria que, se tivesse que cumprir pena, que a pena seja cumprida na Itália”.
De acordo com ele, a única alternativa a ser feita no Brasil é solicitar a revisão criminal. Ainda assim, a prioridade é trabalhar para que Carla não tenha que retornar ao país.
Pagnozzi trabalha em conjunto com o advogado Piermilio Sammarco para fazer uma comparação sobre as legislações brasileira e italiana.
“Estamos fazendo essa defesa em conjunto, porque ele precisa saber das leis do Brasil para poder aplicar lá para saber o que se comunica de crime aqui com a Itália. Nesse caso da suposta invasão da CNJ, já não seria um crime que talvez coubesse a extradição. Então, são matérias que ainda estamos estudando juntos para saber o futuro da Carla”, afirmou o advogado da parlamentar.