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A crítica da CNI à nova alta da taxa básica de juros

Para Confederação Nacional da Indústria, aumento da Selic é desnecessário para controlar inflação e prejudicará ritmo de crescimento da economia brasileira

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 mar 2025, 20h14

A Confederação Nacional da Indústria criticou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de elevar pela quinta vez seguida a taxa básica de juros, para 14,25% ao ano, nesta quarta-feira. Com o aumento de um ponto percentual, a Selic chegou ao maior patamar desde 2016, auge da crise do governo de Dilma Rousseff. Para a entidade, a medida não é necessária para controlar a inflação e irá prejudicar o ritmo de crescimento da economia brasileira.

“O nível atual da Selic, que implica taxa de juros real de 8,5% a.a. (3,5 p.p. acima da taxa neutra estimada pelo Banco Central), já tem impactado fortemente a economia, que apresenta desaceleração mais aguda do que a prevista, tanto pela CNI, como por diversos analistas econômicos. Essa desaceleração intensa da economia já seria suficiente para controlar a inflação”, avalia o presidente da confederação, Ricardo Alban.

A decisão do Copom foi unânime e seguiu a indicação dada pelo comitê na ata da reunião de janeiro. No comunicado desta noite, o comitê previu ainda que pode fazer mais um ajuste menor na taxa de juros na próxima reunião, indicando a permanência do ciclo de aperto monetário.

Para a CNI, os efeitos das quatro altas da Selic sequer tinham se materializado plenamente, uma vez que há uma defasagem temporal entre a alteração nos juros básicos e o impacto na economia.

“Juros mais altos significam crédito mais caro para as empresas e os consumidores. No caso das empresas, inviabilizam investimentos e dificultam o o a recursos de capital de giro essenciais para as necessidades do dia a dia. Com isso, as empresas crescem menos e criam menos empregos, prejudicando a população. No caso dos consumidores, os juros altos encarecem o custo de aquisição de muitos bens, sobretudo os duráveis de maior valor, como automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, que costumam depender de financiamento”, aponta a entidade.

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Ainda de acordo com a confederação, outros fatores vão contribuir para a redução da inflação e foram desconsiderados pelo Banco Central, como a valorização cambial — o dólar fechou 2024 a 6,19 reais e caiu para 5,68 reais nesta terça-feira — e a queda no preço do petróleo — de 85 dólares, em outubro do ano ado, para aproximadamente 70 dólares, neste mês.

“A busca pela sustentabilidade fiscal deve ser uma prioridade de todos os poderes públicos constituídos e de toda a sociedade brasileira. Sem o comprometimento de todos, o Brasil seguirá pecando pela baixa sintonia entre política monetária e política fiscal, o que sobrecarrega a Selic e o custo do crédito, variável-chave para viabilizar investimentos e sustentar ritmo mais vigoroso de crescimento econômico”, defende Alban.

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