O imbróglio na fusão entre Petz e Cobasi que preocupa o Cade
Órgão antitruste pede à área técnica que analise o negócio mais de perto

A fusão entre a Petz e a Cobasi esbarrou no Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão antitruste ainda não tomou uma decisão final sobre o caso, mas a Superintendência Geral já deu o recado: pediu para a área técnica avaliar melhor o tamanho da concentração no segmento de varejo para animais domésticos.
Os pequenos, médios e microempreendedores estão insatisfeitos com a fusão. Afinal, para eles, a junção das maiores expoentes do setor retira espaço para concorrentes, com poder para gerar distorções no mercado, tanto em rentabilidade para os menores participantes, quanto na oferta de serviços.
“A concorrência com uma gigante reduziria ainda mais as nossas opções para captar clientes, além de permitir que esta nova companhia imponha preços finais”, afirma Bianca Souza, proprietária da Foster Pet Place, de Blumenau (SC), em comentário. A posição é semelhante a de outros nomes relevantes, como a Petlove, que também se manifestou contra o acordo.
Para a Petz e a Cobasi, a fusão representa uma óbvia otimização de estrutura, tanto em custos e presença regional, quanto na barganha com fornecedores, segundo notam os analistas do BTG Pactual em relatório. No entanto, dizem, a natureza do segmento é de competição não apenas com os pequenos, mas com os grandes representantes do varejo especializado em entregas, como Mercado Livre e Amazon.
“Com Mercado Livre e Amazon aumentando seus esforços na categoria, isso poderia tirar uma maior eficiência em precificação”, diz o banco.