Economia precisa estar alinhada ao social e ambiental, diz Paulo Câmara
Presidente do Banco do Nordeste falou sobre investimentos sustentáveis no fórum 'COP30 – O que o Brasil deve entregar ao mundo em Belém'
“A gente quer que a economia do Nordeste cresça sempre, mas isso precisa estar alinhado ao crescimento social e à proteção ambiental”, afirmou o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. Segundo ele, o Banco do Nordeste tem um olhar regional de desenvolvimento e está buscando financiar projetos sustentáveis nos nove Estados da região, além de no norte de Minas Gerais e no norte do Espírito Santo. O presidente participou do fórum “COP30 – O que o Brasil deve entregar ao mundo em Belém”, de VEJA.
Câmara também reforçou que o Banco do Nordeste é o grande financiador da energia sustentável, do saneamento básico e da Nova Indústria Brasil na região, mas “não esquece a questão do agronegócio, da agricultura familiar e empresarial, do comércio, do turismo e de serviços”. Isso porque o Nordeste tem grande potencial de sustentabilidade, sendo a região do Brasil com o maior conjunto de ações relativas à energia limpa, como energia eólica e energia solar. De acordo com ele, “o Banco é um agente que quer realmente estar presente junto do empreendedor privado para poder fazer parcerias em favor da região.”
Para exportar o potencial sustentável que o Brasil possui, Paulo Câmara defendeu que é preciso trabalhar mais para ter ações cada vez mais sustentáveis. “Os programas federais estão muito focados para isso, em aspectos da Nova Indústria Brasil, que foca na melhoria da produtividade e na eficiência da indústria brasileira, com presença cada vez mais da sustentabilidade.” Para ele, o papel do poder público é dar condições ao setor privado para que ele possa produzir mais e com mais eficiência, além de transformá-lo em um catalisador de investimentos externos que, ao mesmo tempo, mostra para o mundo que “no Brasil está se fazendo coisa muito boa.”