Namorados: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Noblat 60373c

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para s.

O golaço de Casagrande 2l4p6o

Durante um mês, o futebol ganhará sua amplitude planetária com significados ambivalentes e contraditórios. 1o3z1b

Por Gustavo Krause Atualizado em 17 jun 2018, 14h10 - Publicado em 17 jun 2018, 14h10

“Copa do Mundo é como diamante, vale pela sua raridade”. A frase é do historiador Hilário Franco Júnior, autor de A Dança do Deuses – Futebol, Sociedade, Cultura, que, seguindo a máxima de Nelson Rodrigues, compreendeu que no futebol o “pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana”. Para ele, a realização da Copa, em tempo mais curto, banalizaria o maior espetáculo da Terra e aniquilaria o calendário de importantes competições.

Atualmente, cientistas sociais compreenderam e aram a tratar o futebol como um fenômeno social que tem uma linguagem e estética peculiares para embasar a cultura do futebol e, através dela, identificar, ainda que de forma insuficiente, diferentes estilos de vida de um povo.

Neste sentido, o esplêndido livro de José Miguel Wisnik, Veneno Remédio – o Futebol e o Brasil, afirma: “é um fato irrebatível de que o Brasil é uma droga, em toda potência ambivalente da expressão que se caracteriza por ser ao mesmo tempo mortífera e salvadora, redentora e destrutiva, dividindo-se e repondo-se, sem se decidir por essas faces opostas”.

Com efeito, o futebol que nasceu global, obra do Império Britânico, mexe com nacionalismos, sentimentos patrióticos, mas não se desgruda da identidade, bandeiras e do ranger de dentes tribais mesmo com a internacionalização dos times, autênticas legiões estrangeiras, desde a lei Bosman/1995. De fato, a Copa é um diamante de brilho universal.

Durante um mês, o futebol ganhará sua amplitude planetária com significados ambivalentes e contraditórios. No Brasil, “a pátria (não) calça chuteiras” como antigamente. Sete toneladas de chumbo sufocam a alma nacional que se tornou descolorida e triste. Porém, a repatriação de craques consumados, uma comissão técnica responsável e competente formam uma seleção competitiva e com cara de poesia, diferente do futebol/prosa, jogado pelos europeus na insuspeita comparação de Pasolini.

Continua após a publicidade

Às vésperas de assistir a 15a Copa, (1958-2018), retomei as leituras sobre o futebol e me emocionei com um gol muito especial, feito fora do campo, que decidiu jogo jogado contra um time de demônios: refiro-me ao golaço de Casagrande. Pela primeira vez, vai a uma Copa “limpo” e, desta vez, como incansável centroavante combatente do vício.

O que escreveu, junto com Gilvan Ribeiro, Casagrande e seus Demônios, está escrito e, como disse Juca Kfoury: “corajoso, tocante, verdadeiro e delicado”. Uma lição de vida. Sem disfarce.

Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo 4b3v3b

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 1f5w5z

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.