AO VIVO: Mauro Cid presta depoimento ao STF por tentativa de golpe 35x4x
Primeira Turma do STF começa a ouvir oito réus pela trama golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro 5w2g2q
Nesta segunda-feira, 9, às 14h, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus começam a prestar depoimentos ao Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O julgamento será transmitido ao vivo pela TV Justiça e pode ser acompanhado na live acima, a partir das 13h, com análises em tempo real pelos comentaristas de VEJA e cobertura in loco no STF.
Acompanhe abaixo, em tempo real, os principais destaques do julgamento desta segunda-feira, 9: 4j2u53
16h30 — Cid diz que nunca reou informações a Paulo Figueiredo a pedido de Bolsonaro
Questionado sobre a relação entre Jair Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo, Mauro Cid afirma que nunca recebeu qualquer ordem do ex-presidente para compartilhar material com o jornalista e que não tinha nenhum relacionamento com ele. Segundo o delator, seu contato era mais próximo com colegas de Figueiredo na rádio e TV Jovem Pan, principalmente do programa analítico “Pingos nos Is”, tema de mensagens trocadas entre Cid e outros militares da ala “radical” do Exército.
16h10 — Cid confirma que sabia que Braga Netto discutia ‘ações para gerar caos social’
Cid confirmou que participou de uma reunião com Braga Netto e outros militares em que se discutiriam “planos operacionais para ações que pudessem gerar o caos social e a instabilidade política”. Perguntado por Gonet, o delator afirmou que deixou o encontro neste momento, que considerou o discurso apenas “conversas bravateiras” entre “militares radicais ou exaltados”, e que não comentou o conteúdo das discussões com Jair Bolsonaro.
15h55 — ‘Bolsonaro entendia que documento sobre fraude nas urnas tinha que ser mais duro’, diz Cid
Segundo Cid, Bolsonaro recebeu do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, um relatório após os trabalhos da Comissão de Transparência Eleitoral que afastava os riscos de fraudes nas urnas eletrônicas. O delator diz que o ex-presidente achou a conclusão do estudo “muito técnica” e entendia que a conclusão “deveria ser mais dura” com relação a supostas brechas de segurança nos dispositivos.
15h50 — ‘Recebi um documento muito mal-escrito’, diz Cid sobre minuta do golpe
Questionado por Gonet sobre os registros de uma das “minutas do golpe” encontrados em seus dispositivos, Cid confirma que recebeu “um documento muito mal-escrito” pelo WhatsApp, mas não se lembra de quem enviou o material. Nas fotos do documento, o trecho sobre “provisões finais” estava coberto por uma página de papel — Cid afirma que não sabe o que havia escrito sob a folha.
15h43 — Paulo Gonet assume interrogatório de Mauro Cid
Procurador-Geral da República só pode fazer perguntas por intermédio de Moraes, relator do processo.
15h38 — Cid diz que sabia de dinheiro em caixa de vinho para bancar golpe, mas não falou com financiadores
Segundo a delação, o tenente-coronel teria recebido de Braga Netto uma embalagem de vinhos com algum valor dentro, que seria usado para financiar o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes por “kids pretos” do Exército. O tenente-coronel disse que não sabia quanto havia na caixa e que nunca teve contato direto com os supostos financiadores, que seriam empresários ligados ao agronegócio.
15h30 — Fux começa a interrogar Mauro Cid sobe trama golpista
Delator também poderá ser questionado pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, presente à sessão.
15h25 — Mauro Cid confirma que ‘carne’ e ‘churrasco’ eram códigos para plano golpista
Em dezembro de 2022, em meio às manifestações bolsonaristas, que ocupavam as portas dos quartéis, o ex-assessor do presidente recebeu uma mensagem do tenente Aparecido Portela, um dos articuladores dos protestos: “O pessoal que colaborou com a carne estão (sic) me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco”. Segundo Cid, havia pressão popular vinda dos acampamentos para que “alguma coisa fosse feita e que o presidente deveria tomar uma decisão”.
15h13 — Cid diz ter recebido plano ‘Copa 2022’, que tramava morte de Moraes, sem detalhes sobre o crime
O ex-auxiliar de Bolsonaro afirma que recebeu um documento digital do major Rafael de Oliveira, um dos “kids pretos” (integrantes de forças especiais do Exército), com pedidos de agens aéreas e hospedagens em Brasília. A PF descobriu que o plano tinha como objetivo o sequestro e morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes — Cid diz que não sabia das intenções do major.
15h05 — Segundo Cid, Marcos do Val teria prometido gravar Moraes para incriminá-lo
O delator diz que soube, através do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, de uma reunião entre Jair Bolsonaro, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) — a ocasião também foi revelada por VEJA. No encontro, do Val teria se oferecido para gravar ilegalmente uma conversa com Alexandre de Moraes em busca de provas para descredibilizá-lo. “O senador Marcos do Val disse que era muito amigo meu e queria usar ‘outros meios’ para me gravar? Seria a Abin?”, questionou o ministro. Cid não soube responder à questão.
15h — Cid comprova reunião entre Bolsonaro, Zambelli e Delgatti revelada por VEJA
O tenente-coronel disse que estava presente durante o encontro, no Palácio do Alvorada, entre o então presidente, a deputada federal e o hacker para discutir falhas de segurança nas urnas eletrônicas. Por orientação de Bolsonaro, o hacker teria se reunido, em seguida, para conversar sobre o mesmo assunto com um assessor do ministro da Defesa, Paulo Sérgio.
14h55 — ‘Não se conseguiu comprovar nenhuma fraude eleitoral’, afirma Cid
Questionado sobre o plano de encontrar fraudes nas urnas eletrônicas para invalidar as eleições, Cid afirma que foram discutidas diversas estatísticas de votações, mas nenhum ministro, assessor ou militar conseguiu comprovar ou alegou ter provas sobre supostas brechas de segurança no sistema eleitoral.
14h50 — ‘Bolsonaro enxugou o documento e somente o senhor ficaria preso’, diz Cid a Moraes
Cid afirma que o então presidente recebeu a minuta do golpe em formato físico e digital e, junto ao jurista e a Filipe G. Martins, revisou o documento para prever a prisão apenas de Alexandre de Moraes. De acordo com o delator, houve uma segunda reunião entre Bolsonaro com Martins, realizada na biblioteca do Palácio da Alvorada, na qual estavam presentes os três comandantes das Forças Armadas e o plano fora projetado em um telão.
14h43 — Cid afirma que Filipe G. Martins e jurista apresentaram minuta golpista a Bolsonaro
Segundo o delator, o documento apresentado ao ex-presidente pelo ex-assessor internacional com “considerandos” sobre supostas interferências do STF no governo e nas eleições e a possibilidade de decretar estado de sítio, prisão de determinadas autoridades e anulação dos resultados eleitorais. O plano cogitava as prisões de “vários ministros do STF e do então presidente do Senado [Rodrigo Pacheco]”, afirma Cid.
14h37 — Cid: núcleos do golpe não eram ‘grupos organizados’, e sim atores individuais
Tenente-coronel comprova ter denunciado pessoas no entorno de Jair Bolsonaro como “conservadores”, a favor do reconhecimento da derrota eleitoral; “moderados”, insatisfeitos com os resultados mas não defensores de medidas inconstitucionais; e “radicais”, favoráveis a uma intervenção militar e ação armada nas ruas. Segundo Cid, os ministros Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto seriam agentes “moderados”, enquanto o comandante Almir Garnier se apresentava como “mais radical”.
14h30 — Reportagens de VEJA estão no centro da fase inicial do interrogatório
Moraes questiona Cid sobre áudios revelados por VEJA nos quais acusa a Polícia Federal de pressioná-lo para “confirmar narrativas” nos depoimentos. O ex-auxiliar de Bolsonaro afirma que as gravações foram de momento íntimo de desabafo e nega, diante do ministro, ter sido coagido a inventar informações nas delações.
14h27 — Segundo Cid, sequência de depoimentos foi necessária para ‘confirmar fatos’
Questionado por Moraes sobre a sucessão de oitivas feitas à Polícia Federal, delator afirma que foi convocado diversas vezes pelas autoridades para esclarecer e confirmar trechos da delação, mas ressalta que “nunca trouxe fatos novos” à investigação.
14h24 — Cid confirma que fez doze depoimentos à Polícia Federal
Oitivas trataram sobre trama golpista, joias sauditas e cartão de vacinação — foram seis depoimentos no dia 28 de agosto de 2023, dois em 11 de março de 2024, um em 9 de abril de 2024, um no dia 18 de junho de 2024, um no dia 19 de novembro de 2024 e um em 5 de dezembro de 2024.
14h22 — ‘Eu presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles’, diz Cid
Questionado sobre o conhecimento dos crimes que estão sendo julgados, Mauro Cid nega ter envolvimento direto com a trama golpista.
14h15 — Moraes explica que réus têm o direito garantido ao silêncio
“Os réus podem se negar a responder todas as perguntas, seja deste ministro relator, do ministro Fux ou do Procurador-Geral da República, ou podem exercer parcialmente o silêncio”, afirma o ministro. Apenas Mauro Cid, como delator, não terá a prerrogativa ao silêncio.
14h — AGORA: começa o interrogatório do primeiro núcleo do golpe pela Primeira Turma do STF
Relator dos processos sobre a trama golpista, ministro Alexandre de Moraes lê as acusações contra cada um dos oito réus; acompanhe a transmissão ao vivo acima ou nas redes de VEJA.
13h55 — Garnier vai contar sua versão ‘pela primeira vez’, afirma advogado a VEJA
Demóstenes Torres, que defende o ex-comandante da Marinha, diz que havia orientado o almirante a ficar em silêncio anteriormente, mas vê o interrogatório como “oportunidade para contar o que aconteceu”. A expectativa é que o julgamento do mérito das oitivas comece em agosto.
13h50 — ‘Processo é inédito na história do Supremo’, diz professor de Direito a VEJA
Gustavo Sampaio, da Universidade Federal Fluminense (UFF), avalia que STF terá desafio ao julgar validade das versões “fatiadas” da delação premiada de Mauro Cid. Segundo especialista, dificilmente o Supremo anulará provas cuja coleta a própria Corte determinou.
13h45 — ‘A única coisa que não posso hoje é sentir frio’, diz Almir Garnier a VEJA
Terceiro a depor, ex-comandante da Marinha chegou ao STF carregando um suéter a tiracolo. O general Augusto Heleno, quinto da lista de oitivas, está acompanhado da filha, Renata, de quem recebe instruções para o depoimento.
13h42 — ‘Fizemos um briefing com o presidente e ele está tranquilo’, diz advogado de Bolsonaro
A VEJA, Paulo Cunha Bueno diz que alvo desta segunda será Mauro Cid por conta do “vaivém de versões”. A expectativa é que o depoimento do tenente-coronel se estenda pelo dia inteiro.
13h31 — Primeiro a depor, Mauro Cid chega ao STF e cumprimenta Bolsonaro
Ex-presidente se levantou ao ver o ex-assessor, a quem cumprimentou com um aperto de mãos. À editora de VEJA Laryssa Borges, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou: “hoje é o dia em que nós vamos perguntar [sobre delação do Cid]”.
13h30 — José Benedito: ‘Depoimento de Cid vai gerar batalha de cortes nas redes sociais’
Colunista de VEJA avalia que idas e vindas nas versões de Mauro Cid abre margem para questionamentos, e que qualquer tropeço do tenente-coronel durante o depoimento será aproveitado em massa por políticos de esquerda e direita para impulsionar narrativas nas redes.
13h25 — AGORA: Jair Bolsonaro chega ao STF para acompanhar depoimentos
Ex-presidente não quis conversar sobre expectativas para o julgamento; pela ordem alfabética, ele será o sexto a depor e ficará sentado ao lado do delator, Mauro Cid. O primeiro réu a chegar foi o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira — em seguida, o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, chegou ao Supremo e cumprimentou Nogueira.
13h25 — Marcela Mattos: ‘Como delator, Cid não pode ficar em silêncio’
Editora de VEJA explica que ex-auxiliar de Bolsonaro, autor da delação premiada que embasa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), é obrigado pelos termos do acordo de colaboração a responder aos questionamentos do ministro Alexandre de Moraes.
13h17 — Advogado de defesa de Bolsonaro chega ao STF
Celso Vilardi lidera a equipe que representa o ex-presidente no julgamento por tentativa de golpe de Estado.
13h15 — Em áudios revelados por VEJA, Cid disse sofrer pressão por Moraes durante delação
“Eles já estão com a narrativa pronta e não queriam saber a verdade, só que eu confirmasse a narrativa deles”, disse o ex-auxiliar de Bolsonaro a um amigo pelo WhatsApp.
13h10 — Robson Bonin: ‘Defesas dos réus vão buscar contradições na delação de Mauro Cid’
Segundo colunista de VEJA, advogados de defesa devem questionar o delator sobre suposto financiamento do golpe por empresários do agronegócio; Cid afirma que dinheiro fora entregue a Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, em sacola de vinho.
13h — Acompanhe a cobertura de VEJA
12h50 — RADAR: Com Cid e Bolsonaro lado a lado, STF começa a interrogar réus do golpe
O lugar de cada réu foi marcado por ordem alfabética, o que fará com que Bolsonaro, o grande delatado na investigação da PF, fique sentado ao lado do delator Mauro Cid e do general Augusto Heleno. Eles poderão apertar as mãos, se assim desejarem, mas não poderão se comunicar.
12h45 — POLÍTICA: Militares apontam lacunas na ligação entre tentativa de golpe e ataques no 8 de janeiro
Representantes do Alto Comando rechaçam principal tese encampada pelo ministro Alexandre de Moraes, que trata os ataques às sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF como a materialização de uma tentativa de ruptura democrática gestada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
12h40 — MAQUIAVEL: Moraes nega pedido de Braga Netto e mantém transmissão dos interrogatórios
Defesa do general havia pedido para que interrogatórios não fossem transmitidos ao vivo para impedir “espetacularização” do caso. Moraes argumentou que “a defesa não demonstrou a existência de efetivo prejuízo no interrogatório do réu Walter Souza Braga Netto ser público” e manteve a transmissão.
12h35 — RADAR: Defesas de réus preparam bombardeio contra Mauro Cid no STF
Único delator da trampa golpista, Mauro Cid, o ex-auxiliar de Jair Bolsonaro no Planalto, vai abrir a fila de depoimentos dos réus da trama golpista. Advogados confirmaram ao Radar que farão perguntas duras sobre contradições e omissões de Cid na história da trama golpista delatada por ele.
12h30 — Quem são os oito réus ouvidos nesta semana pelo STF
Delator da trama golpista no Planalto, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, será o primeiro a depor à Primeira Turma do STF. Depois disso, as oitivas seguem em ordem alfabética, conforme a lista a seguir:
- Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
- Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
- General Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- General Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, que está preso no Rio de Janeiro e irá depor por videoconferência
A fase de depoimentos tem previsão para durar até a próxima sexta-feira, 13, a depender do tempo do interrogatório de cada réu.