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Blog da jornalista Fabiana Futema traz notícias e reflexões sobre o mundo materno, primeira infância e dilemas femininos. Este conteúdo é exclusivo para s.

Mulheres sentem-se rejeitadas para emprego por serem mães

37% das mulheres afirmaram que já perderam uma promoção por serem mães ou quererem engravidar

Por Fabiana Futema Atualizado em 1 nov 2017, 09h31 - Publicado em 1 nov 2017, 09h31

Não é fácil retornar ao trabalho depois da maternidade. Primeiro há a dificuldade de decidir com quem deixar o bebê, pois faltam creches e nem todo mundo conta com uma rede de apoio por perto para ajudar. Para as que amamentam, o fim da licença-maternidade implica em planejamento para ordenhar leite suficiente para alimentar o filho enquanto estiver longe.

Não bastassem essas preocupações, as mães ainda têm de se deparar com o preconceito profissional. Quase metade das  mulheres disseram que já foram rejeitadas para uma vaga de trabalho por serem mães ou estarem grávida. Outras 37% afirmaram que já perderam uma promoção pelo mesmo motivo. Os dados são de uma pesquisa realizada pela MindMiners, que ouviu 1.000 mulheres no mês de setembro.

E quando a profissional precisa faltar para levar o filho ao médico? Participar da reunião de escola é quase impossível, injustificável aos olhos do patrão. Quase metade (46%) diz que se sente malvista no trabalho quando precisa se ausentar por questões relacionadas aos filhos.

A mãe que retorna ao trabalho não encontra muito incentivo para continuar amamentando. Mais da metade diz que o local de trabalho não oferece espaço limpo e privativo para a amamentação.

No Brasil, a licença-maternidade é de quatro meses na maioria das empresas. Esse tempo é inferior à recomendação da Organização Mundial da Saúde (PMS), que preconiza a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê. Uma solução seria aumentar para todo mundo a licença-maternidade de seis meses. Mas aí cria-se o risco de ampliar ainda mais as dificuldades de inserção da mulher no mercado de trabalho.

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Outra opção seria aumentar a participação masculina nos cuidados com o filho. Infelizmente, a licença-paternidade é de apenas cinco dias, reduzindo o envolvimento paterno nos cuidados com o filho logo no início. Para metade das mulheres ouvidas, o tempo de licença-paternidade é insuficiente.

Questionadas sobre quem cuida dos filhos enquanto elas trabalham, só 17% responderam que era o pai ou namorado. A principal opção (34%) são outros familiares, como avós ou tias. Outros 28% deixam na creche.

É preciso que o mercado entenda que as mulheres não se tornam piores profissionais depois da maternidade. Elas precisam de oportunidade para mostrar que talento e comprometimento têm de sobra, com ou sem filhos.

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