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O besteirol de Trump e o seu dinheiro

O brasileiro ficou mais pobre este ano. Em boa medida, por causa do governo Trump. A eleição de um louco deveria mais do que nunca nos servir de lição.

Por Lillian Witte Fibe Atualizado em 13 jul 2018, 17h50 - Publicado em 13 jul 2018, 16h59

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em viagem à Europa esta semana, voltou a disparar besteiras monumentais e críticas ácidas, especialmente a duas chefes de estado com quem se reuniu. Primeiro, reclamou de Angela Merkel, da Alemanha, e, em seguida, dirigiu os mais absurdos torpedos a Thereza May, da Grã-Bretanha.
Isso sem falar na resposta aloprada que deu hoje de manhã sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem tem encontro marcado na semana que vem.

Um repórter perguntou como ele poderia melhorar as relações com um presidente que ocupou ilegalmente outro país, isto é, a Ucrânia.

Trump saiu-se com esta: “a Crimeia (península da Ucrânia invadida pela Rússia), é um desastre Obama” (Barack Obama, seu antecessor, e que ele não se cansa de “culpar” pelas “péssimas heranças” que alega ter recebido).

Falta de educação, de cultura e de compromisso com a verdade à parte, fato é que seus tuítes intempestivos ou suas decisões de estado vêm sacudindo os mercados financeiros.

Foi entre idas e vindas das teorias dele sobre tarifas de importação e guerra comercial, por exemplo, que o medo global aumentou, incendiando a desconfiança em relação a países mal resolvidos do ponto de vista fiscal e com duvidosa capacidade de pagamento de suas muitas dívidas.

O real encolheu mais de 13% no primeiro semestre (1 real valia 30 centavos de dólar no fim do ano ado, hoje equivale a 26 centavos de dólar).

O que encareceu o dólar que você gostaria de comprar pra viajar em 17% no mesmo período.

Também a bolsa sofreu.

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Vinha em alta de 12% até abril, mas virou pra fechar o semestre com perda de 6%, prejudicando quem acreditava no potencial de empresas que tinham tudo para vender mais, lucrar mais e, eventualmente, até exportar mais.

Não fosse Trump.

O que ele exporta é dúvida e aversão ao risco de países como o Brasil.

O Financial Times, jornal inglês, informa que os fundos de investimento em nações emergentes sofreram esta semana o pior ataque em mais de dois anos, com saques de US$ 900 milhões.

Nas últimas dez semanas, as retiradas dos fundos de emergentes ultraam U$ 17 bilhões.

Fuga é sinônimo de aumento da oferta na ponta da venda.

E o resultado, neste momento, é uma queda de 12% no valor desses investimentos em relação ao pico registrado em março.

A retórica superficial e populista de Trump sobre o amor dele pelo povo da América não sobrevive à mais breve análise das medidas tomadas por seu governo.

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Que, assim como tantos que temos visto aqui no Brasil, tomam decisões demagógicas, sem compromisso com o dia de amanhã, e com preço altíssimo contratado para logo mais adiante.

Como no caso do governo Temer, que vai entregar as contas públicas em péssimo estado ao sucessor, depois de ter continuado a distribuir subsídios, algo que tanto criticava no governo Dilma.

Assim como Trump, ele está sempre pronto a apontar culpados: agora, o leviano é o Congresso – na opinião do Planalto.

O desastre Temer está com os dias contados.

O desastre Trump está a todo vapor.

Desvaloriza os ativos brasileiros, gera instabilidade geopolítica, alimenta ódios mundo afora, e atrasa o desenvolvimento.

Poderia e deveria nos servir de lição para a eleição de outubro.

Aqui, a primorosa – e gratuita – cobertura em tempo real de outro jornal inglês, The Guardian, sobre as batatadas do presidente americano na Europa.

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