Namorados: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Giro pelo Oriente 651l4c

Por Ana Cláudia Guimarães Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que está rolando na Ásia

De Seul a São Paulo: como Cheul Hong Kim está aproximando Brasil e Coreia 1435i

Diretor do Centro Cultural Coreano destaca avanço da cultura sul-coreana no Brasil e revela planos para 2025 84xs

Por Ana Cláudia Guimarães Atualizado em 30 Maio 2025, 15h51 - Publicado em 30 Maio 2025, 08h00

O Brasil está cada vez mais fascinado pela Coreia do Sul. Se há bem pouco tempo o país asiático era sinônimo de carros, tvs, celulares, k-pop e k-dramas, hoje sua presença se amplia nos sabores da gastronomia, nas páginas da literatura, nos roteiros turísticos e em eventos que vêm lotando espaços culturais por aqui. Um dos grandes responsáveis por essa aproximação dos dois países é Cheul Hong Kim, representante do Ministério da Cultura e Turismo da Coreia do Sul, que há dois anos comanda o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB), com sede em São Paulo.

Quando Cheul Hong Kim desembarcou por aqui, em maio de 2023, sabia muito pouco sobre o Brasil. Durante o processo de seleção para o cargo, teve a chance de escolher entre três destinos: Suíça, Rússia ou Brasil. Apostou na opção mais imprevisível.

“Foi uma combinação de sorte e curiosidade. O Brasil me parecia interessante, mesmo sabendo muito pouco. Achei que valeria a experiência”, conta o diretor, formado pela tradicional Universidade Nacional de Seul.

Desde então, o CCCB tem ado por uma transformação. Sob sua direção, o espaço expandiu o alcance e se consolidou como uma das principais vitrines da cultura coreana no país:

“O interesse dos brasileiros cresceu muito. Hoje vai além da música e das séries. A culinária, os livros, o cinema, tudo desperta curiosidade”.

Continua após a publicidade

A programação do Centro Cultural Coreano no Brasil prevista para os próximos meses reflete esse entusiasmo. Em junho, o Teatro Belas Artes, em São Paulo, recebe a 14ª Mostra de Cinema Coreano, que este ano celebra os 80 anos da Independência da Coreia. Um dos destaques será a presença do renomado diretor Kim Jee-woon, que fará um bate-papo com o público. Em seguida, nos meses de julho e agosto, o CCCB promove uma grande exposição interativa dedicada à gastronomia e aos produtos típicos coreanos, ocupando dois andares da sede:

“Escolhemos o período das férias escolares para atrair famílias e estudantes. Vai ser uma das nossas maiores ações do ano”, diz Kim, que organiza o evento em parceria com a ATCenter.

Logo depois, o centro apresenta uma mostra sobre a cultura gamer coreana e também participa da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Na feira literária, haverá uma programação focada na literatura contemporânea da Coreia. Um dos momentos mais esperados será o encontro com Kim Ho-yeon, autor do best-seller A Inconveniente Loja de Conveniência, que, recentemente, ganhou tradução no Brasil pela editora Record.

Continua após a publicidade

Já em agosto, o tradicional Festival da Cultura Coreana voltará a ocupar o espaço Oswald de Andrade, também na capital paulista. Durante três dias, o público poderá acompanhar apresentações de taekwondo, shows de K-pop, feiras de artes visuais e barracas de comida típica. Em outubro, o centro realiza pela primeira vez um concurso nacional de culinária coreana, voltado a chefs brasileiros. No mês seguinte, a Coreia do Sul participará da COP-30, em Belém, com uma programação paralela coordenada pelo CCCB, que inclui música tradicional e pequenas exposições culturais durante a conferência ambiental.

Apesar da intensa agenda, Cheul Hong Kim faz questão de explorar o cotidiano brasileiro. Gosta de visitar o MASP, almoçar em restaurantes a quilo e tem, segundo ele mesmo, “um fraco por cachaça pura”:

“Fico encantado com a variedade de legumes e com a qualidade da carne brasileira. É um país com sabores incríveis”, comenta.

Continua após a publicidade

Dois anos após sua chegada, Cheul Hong Kim reconhece que o processo de imersão está apenas no início. Quer aprender mais sobre os ritmos e instrumentos nacionais (“talvez algo com percussão, como os tambores”). Atualmente, ele se aventura na leitura de Meu Pé de Laranja Lima, clássico de José Mauro de Vasconcelos.

“É difícil ler e entender, mas o livro é muito bonito”, diz.

Aos poucos, Cheul Hong Kim deixa de ser apenas um observador para se tornar também um participante da vida cultural brasileira. Enquanto isso, segue seu trabalho incansável de aproximar dois países que, apesar da distância geográfica, compartilham cada vez mais afinidades.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo 4b3v3b

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 1f5w5z

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.