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Tarifa de Trump pode dificultar entrada de filmes brasileiros nos EUA 223p2y

Produtores analisam proposta do presidente americano de impor taxação sobre o cinema estrangeiro q572r

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 Maio 2025, 17h13

Este ano, o filme Ainda Estou Aqui fez história ao conquistar a primeira estatueta do Oscar para o Brasil. O prêmio foi resultado de outro mérito: o longa foi a produção nacional mais vista nos Estados Unidos na história, com 6 milhões de dólares em bilheteria — logo, acabou sendo visto também pelos votantes da Academia que realiza o Oscar. Esse cenário é muito raro e recente para o cinema brasileiro – e, ao contrário do esperado, tende a se tornar ainda mais . 

Abraçado a uma política protecionista exagerada, Donald Trump voltou sua mira nessa semana para o mercado cinematográfico, dizendo que vai impor tarifas de 100% a filmes estrangeiros e feitos fora dos Estados Unidos. Ainda não está claro como e se isso será feito de fato. Nesta terça-feira, 6, um documento intitulado de “Make Hollywood Great Again”, assinado pelo ator Jon Voight, foi divulgado pelo site Deadline, destrinchando melhor o que Trump quis dizer com seus “100%” — na papelada, o ator sugere que todo filme rodado fora dos Estados Unidos por causa de um incentivo fiscal deverá ter o valor desse mesmo incentivo taxado em 120%. 

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem de VEJA, nesse quesito, o Brasil a meio ileso, já que raramente é locação de filmes e séries americanas. Porém, preocupa uma possível decisão sobre a entrada de filmes estrangeiros em solo americano.

Como o cinema brasileiro pode ser afetado pela tarifa de Donald Trump em Hollywood 64x1g

“Se os Estados Unidos realmente aplicarem uma taxa mais alta sobre o nosso conteúdo, vai afetar negativamente a exportação de filmes e vai aumentar a custo de entrada no mercado americano”, analisa Emiliano Zapata, diretor de inovação e políticas audiovisuais da Spcine. “Dessa forma, vai diminuir o interesse do distribuidor americano no nosso conteúdo.” Zapata ainda reforça que, hoje, os acordos são feitos diretamente entre produtoras e distribuidoras de cinema e plataformas de streaming de forma direta. “Ainda Estou Aqui, por exemplo, vai entrar este mês no catálogo da Netflix nos Estados Unidos.” 

A plataforma americana, aliás, é uma das que mais investe em produções internacionais. “Dizemos que o conteúdo é rei. A Netflix entendeu isso e vem apostando em títulos internacionais, como os produtos coreanos. Se o governo americano dificultar o o a eles, o consumidor vai sofrer e vai perder conteúdos de relevância global”, reflete Nelson Sato, fundador da Sato Company, especializada em trazer produções japonesas para o Brasil. O empresário aponta como exemplo os filmes O Menino e a Garça e Godzilla Minus One, produções japonesas recentes que ganharam o Oscar e foram aclamadas nos Estados Unidos e no mundo.

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Se financeiramente o mercado vai sofrer, o público americano, especialmente, também será afetado. Para além de ingressos mais caros, a variedade de títulos a serem ofertados vai diminuir. “Essa tarifa vai diminuir parcerias, prejudicando o intercâmbio financeiro e criativo do meio”, aponta Zapata.

No documento proposto por Voight, as parcerias de coproduções também arão por mudanças, que são específicas de cada acordo. O Brasil, atualmente, não tem um acordo com os Estados Unidos. “Temos acordos com países europeus e expandimos recentemente para China e Índia”, analisa Sato. Já segundo Rodrigo Teixeira, produtor de Ainda Estou Aquia proposta de Trump é “sem nexo” e de alguém que “não tem conhecimento do mercado”. “A indústria audiovisual americana enfrenta uma questão orçamentária, especialmente o cinema independente, que busca residências em outros países que oferecem facilidades financeiras.” Logo, a produção indie americana também pode ser duramente afetada. 

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