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Planeta similar a Netuno com atmosfera ‘leve’ surpreende físicos 481z

Descoberta vai contra a tendência de planetas menores serem formados por elementos mais pesados que o gás hidrogênio 6s41x

Por Da Redação 12 Maio 2017, 19h01

A atmosfera de um planeta com a massa semelhante à de Netuno acaba de pôr em xeque uma das teorias da astrofísica. Batizado de HAT-P-26b, o astro tem uma atmosfera composta, quase por completo, de hidrogênio e hélio, que são gases leves. Contrário do que se esperava de planetas com essa massa, se assemelhando, nesse aspecto a Júpiter, de massa muito maior. A descoberta, publicada nesta sexta-feira na revista científica Science, indica ainda que a atmosfera do HAT-P-26b parece não ter sido alterada desde sua formação, mesmo com o planeta estando muito perto de sua estrela, a HAT-P-26, completando a órbita em apenas 4,23 dias.

Para descobrir a composição atmosférica do HAT-P-26b que fica a, aproximadamente, 437 anos-luz da terra (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), os pesquisadores combinaram imagens dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, da Nasa, em momentos no qual o planeta ou na frente de sua estrela. Como as frações da luz estelar são filtradas pela atmosfera do planeta, ela pode absorver algumas ondas de comprimento da luz, mas não outras. E é por meio do resultado desse filtro que os pesquisadores podem deduzir a composição química da atmosfera, nesse caso, rica em hidrogênio e hélio, livre de nuvens e com fortes traços de água, comum na atmosfera de gigantes gasosos, como é o caso de HAT-P-26b.

Graças à presença de vapor de água, que requer oxigênio, os cientistas conseguiram estimar a quantidade de outros elementos químicos mais pesados de que o hidrogênio e hélio. Esta característica é chamada de metalicidade e é medida em relação ao Sol – formado essencialmente de hidrogênio e hélio. Por exemplo, o gigante Júpiter tem uma metalicidade de duas a cinco vezes maior que a do Sol e Saturno, dez. Já Netuno e Urano, apesar de menores, têm elementos mais pesados, com metalicidades quase cem vezes maiores que a do Sol.

Com base nesses dados, os cientistas acreditavam que a metalicidade era maior em planetas menores. Depois de dois outros planetas do sistema solar também se encaixavam nessa tendência, o HAT-P-26b é o primeiro a fugir do padrão, por ter uma metalicidade de apenas 4,8 vezes o Sol, se assemelhando nesse ponto a Júpiter e não a Netuno.

Para o astrofísico David K. Sing, da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, e um dos autores do estudo, a descoberta contribui para o estudo do nascimento de sistemas planetários. “Essa análise mostra que há muito mais diversidade nas atmosferas desses exoplanetas do que esperávamos. Isso nos dá ideias de como os planetas podem se formar e desenvolver de formas diferentes das observadas em nosso sistema solar”, disse Sing em comunicado.

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