Estudo reúne coleções de 73 museus de história natural ao redor do mundo 106w4n
O Global Collections já conta com mais de um bilhão de peças catalogadas, inclusive do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro 6h1154

Há pelo menos três séculos, pesquisadores de todo o mundo começaram a reunir, em museus, objetos que contam a história da humanidade. Pela primeira vez, um projeto ambicioso descrito num estudo publicado na revista Science tem como objetivo construir um diretório que reúne informações de todas essas coleções. A iniciativa busca aumentar a colaboração entre os responsáveis pelos acervos e facilitar a tomada de decisões.
A construção do Global Collections, como foi chamado o banco, começou em 2016 e já catalogou informações de mais de um bilhão de peças de 73 herbários e museus de história natural ao redor do mundo. Apesar do número ser impressionante, representa apenas 16% de todas as coleções, sendo a maior parte de botânica e entomologia.
A importância das informações contidas nessas galerias é imensurável. “As coleções de história natural do mundo fornecem uma janela para o ado e para o presente do planeta e estão sendo cada vez mais usadas para fazer previsões concretas em relação às mudanças climáticas, perda de biodiversidade e doenças infecciosas”, escrevem os autores.
Idealizada pelo paleontólogo do Smithsonian National Museum of Natural History, Kirk Johnson, e pelo ornitólogo da Cornell University, Ian Owens, o projeto já conta com a colaboração de 28 países, incluindo o Brasil, representado pelo Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao longo dos próximos meses, o restante dos acervos devem ser digitalizados e mais países devem se associar ao consórcio.
Além da colaboração entre os diferentes museus, o diretório também visa preservar informações, garantir a segurança dos artefatos, promover o o aos dados disponíveis e alertar para os possíveis riscos e evitar tragédias, como o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Brasil.