O traficante com ‘recorde’ de anotações criminais preso no Rio 29t2z
Morto durante operação policial nesta semana, TH da Maré tinha 227 registros em sua ficha, mas não era o criminoso com histórico mais extenso no país 1u4o5n

Morto durante operação policial no Rio na última terça-feira, 13, o traficante Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH da Maré”, era um dos criminosos com mais registros criminais no país. Ao todo, ele acumulava 227 anotações, além de 17 mandados de prisão em aberto. O histórico foi exibido pelo secretário de Polícia Militar fluminense, coronel Marcelo Menezes, durante coletiva, ao desenrolar uma ficha sem fim, que se espalhou pelo chão do auditório da corporação. Apesar de chamar a atenção pelo volume de crimes relacionados a ele, contudo, o líder do tráfico de drogas no Morro do Timbau, no Complexo da Maré, não era quem detinha reputação mais extensa no submundo do crime.
Preso em setembro de 2024, o também traficante Albert Miguel Rodrigues Soares, conhecido como “Maridão”, foi detido no Parque das Missões, em Duque de Caxias, onde também exercia grande liderança. É ele quem detém o recorde, até o momento, de anotações criminais no estado: seu histórico conta com 266 registros e, na época da prisão, havia dois mandados contra ele em aberto. Também impressa pela polícia, sua ficha chegou a ter 36 páginas por sua ligação com o Comando Vermelho e atuação na Baixada Fluminense e na Zona Norte da capital carioca.
Se considerado o cenário mundial, embora o compilado de dados seja de difícil o, há registros de nomes como Tommy Johns, preso na Austrália mais de 3.000 vezes na década de 1980, a maioria deles por desordem urbana e embriaguez. Outro criminoso responsável por casos mais graves, como o norte-americano Ronnie Shelton, conhecido como o “Estuprador do Oeste” nos Estados Unidos e morto em 2018, chegou próximo da ficha dos traficantes fluminenses, com ao menos 230 acusações.
Baleado durante ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), TH da Maré foi encontrado já morto em um bunker no interior do Morro do Timbau. Entre as acusações, ele era investigado pelo assassinato dos sargentos do Bope Rafael Wolfgramm Dias e Jorge Henrique Galdino Cruz, mortos durante operação na Maré, em junho do ano ado, além do envolvimento na morte de um militar do Exército em 2014 e por ataques a agentes da Força Nacional em 2016. Ele era suspeito ainda de coordenar treinamentos paramilitares dentro da comunidade.