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Governo prepara plano para recuperar áreas dominadas pelo tráfico e a milícia o39k

Projeto-piloto para tentar neutralizar as organizações criminosas começará por uma cidade do Nordeste 1m3g13

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jan 2025, 19h13

O governo federal prepara um plano de “retomada territorial” de áreas controladas pelas milícias e pelo narcotráfico. Com base num mapeamento de regiões sob domínio do crime organizado, o plano prevê que forças de segurança federais e estaduais atuem de forma integrada para restabelecer a ordem e a presença do Estado. O secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo, afirma que um grupo com a participação de especialistas do governo, da Universidade de São Paulo e de organizações sociais já está trabalhando no projeto.

“Nós aqui do ministério estamos com um plano de retomada territorial lastreado na ciência, um plano baseado num estudo técnico sobre o ciclo econômico do crime naquela região, e também sobre os líderes desse ciclo econômico”, disse Sarrubbo a VEJA. “E, mais do que isso, um estudo técnico também sobre como substituir esse ciclo econômico assim que for feita a operação policial no local, com a prisão dos responsáveis”.

O desafio oficial é, depois de retomar a área controlada pelo crime organizado, garantir a presença de fato do Estado, com segurança e ações sociais, por exemplo. “Esse processo demanda induzir um novo ciclo econômico, agora legítimo. Então, a por centros de convivência para os jovens, para que eles possam se capacitar, trabalhar, ter renda própria. a por centros de cidadania, para que as pessoas possam tirar seus documentos, fazer o seu empreendedorismo”, afirmou Sarrubbo.

Projeto-piloto será no Nordeste 35216

O secretário disse que o plano de retomada territorial vai começar pelo Nordeste, mas não revelou em qual município ou que será feito. “Já estamos conversando com o estado em questão e estudando a economia do crime numa determinada região”, contou Sarrubbo. “A partir daí, vamos avançar para grandes estados e estabelecer um padrão de retomada territorial no Brasil”.

O governo federal já tentou, em gestões anteriores, retomar áreas controladas pelo crime organizado. No Rio de Janeiro, por exemplo, até conseguiu em algumas localidades, mas logo a milícia e o narcotráfico, aproveitando-se do vácuo deixado pelo poder público, reassumiram sua posições, controlando do comércio de drogas à venda de botijão de gás.  Numa tentativa de impedir que o enredo se repita, estão sendo estudadas experiências de sucesso em outros países. Sarrubbo citou, por exemplo, o caso da Colômbia.

O Ministério da Justiça também está reavaliando o trabalho feito pelo governo do Rio com a instalação das unidades de polícia pacificadora, as UPPs. Especialistas dizem que inicialmente as UPPs conseguiram afastar criminosos, mas perderam força diante da falta de ações complementares nas comunidades. O Brasil já tem mais de 70 organizações criminosas, e as estimativas do governo e de organizações da sociedade civil são de que mais de 20 milhões de pessoas vivam em áreas dominadas ou com atuação de facções criminosas e grupos milicianos.

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